25 de Abril de 2007 - 33 anos depois da libertação do regime ditatorial de António de Oliveira Salazar (o Grande Português!!!) a revolução chega a terras gaulesas.
Foi com alguma tristeza e desilusão que vi este importante dia da nossa história ser utilizado para campanha política, ainda para mais uma campanha política de um país que nem é o nosso, mas mais triste fiquei por ver que portugueses caíram nessa armadilha eleitoral, qual caça ao voto.
Se o senhor Nicolas Sarkozy é assim um tal idealista e defensor da liberdade, e atento e respeitoso para com o povo e história portuguesas, onde estavam as comemorações por ele encabeçadas (apesar de o não ter visto proferir uma só palavra mas sim os seus porta-vozes) quando este estava no Governo?!?! Pergunta simples que iria certamente incomodar um pouco Monsieur "Sarko"... Mas tal atitude revela igualmente grande inteligência política, já que os escrúpulos não são o requisito mais premente nesta tão nobre actividade. O candidato presidencial da UMP recorreu plenamente à máxima desta área da sociedade - "Por um voto se perde, por um voto se ganha" - e ainda há uns milhõezinhos de portugueses em terras do foie gras, e como a sua opositora lá começa paulatinamente a subir nas sondagens, qual ameaça, vamos lá buscar uns votitos aos "rapazitos que nos constroem as casas" e às "senhoras que as limpam" depois, esse grande povo - o Português, que tão importante é para a economia francesa e...para a possível eleição deste candidato.
Como disse, é para mim de lamentar este oportunismo de Sarkozy, mas lamento ainda mais que alguns portugueses se tenham deixado iludir por tamanha jogada em tão simbólico dia para Portugal...Esperemos que nunca hajam eleições em nenhum país com políticos tão amigos num dia 10 de Junho ou teremos alguém a oferecer-se para nos anexar como forma de nos salvar...seja lá do que fôr.
Em todo o caso, que seja uma segunda volta eleitoral "limpa" e que aquele que ganhe dê o melhor rumo à França...onde um dia, quem sabe, serei também "pedreiro".
Bem hajam!!!
P.S.: Quero aqui esclarecer a quem se possa sentir visado ou magoado, que quando refiro "pedreiros", "rapazitos que constroem as casas" ou "senhoras que as limpam" não quero referir-me a ninguém directa ou indirectamente, nem mesmo ofender qualquer indivíduo emigrante em qualquer país deste mundo...É uma expressão que utilizo em sentido figurado e generalizado, e que não deverá ofender ninguém pois quem sabe como funciona, ou até muito recentemente funcionou, a emigração (e tenho familiares e amigos que o são,e neste país concretamente) sabe do que falo quando a tais trabalhos me refiro...A realidade dos emigrantes portugueses começa a mudar e por tal devemos congratular-nos!
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