quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Parque Jurássico?!


Os cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, Webb Miller e Stephan Schuster, reconstituíram o genoma do mamute (Mammuthus primigenius). Este é primeiro animal já extinto a ter o seu mapa genético desvendado.
Para a realização deste trabalho em muito contribuiu o facto de ter sido utilizado como base para pesquisa o corpo integral de um mamute encontrado congelado ao fim de milhares de anos e em condições incrivelmente boas, o que permitiu que se pudesse ter o pêlo de mamute e não apenas o seu esqueleto, visto o ADN capilar ser mais resistente a uma possível contaminação pelo ADN de bactérias ou fungos, e resistir igualmente melhor às agressões inerentes à passagem do tempo.
Descodificado o genoma do mamute, o mundo científico começa já a levantar possibilidades e a divagar sobre a possibilidade de ressuscitar este gigante lanudo. Qual Parque Jurássico de Michael Crichton, a comunidade científica fervilha com essa hipótese mas com uma perfeita consciência da realidade presente, os próprios empolgados cientistas são os primeiros a reconhecer que no momento presente tal não é ainda possível dada a complexidade de semelhante processo. Segundo o especialista Henry Nicholls, em entrevista que pode ser lida na revista Nature, tal processo requereria um elevado domínio das várias etapas da "ressuscitação", como a definição dos genes a usar, a busca de um ovócito compatível (sendo o de elefante a escolha mais natural) ou a transferência do embrião para uma "barriguinha de aluguer".
Certo parece ser que levar a termo um semelhante processo poderá revelar descobertas que permitiram fazer enormes progressos em várias áreas da medicina humana e animal, e ciência me geral, passando desde a descodificação de outros genomas animais, a maior exploração de áreas tão controversas como a clonagem, ou até o prolongamento da vida humana...

Questões ético-científicas à parte, podemos, claro, por uma lado sonhar com uma terra habitada por tais gigantes (enquanto forem vegetarianos!!!), mas também pensar, qual pedido de desculpa à Natureza, em repor neste nosso planeta determinadas espécies que "fizemos o favor" de extinguir...contudo, talvez espécies mais próximas cronologicamente do nosso tempo.

P.S.: Para informações com maior detalhe e rigor científico - http://www.nature.com/news/2008/081119/full/456310a.html.





Bem hajam!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Passando a batata quente...


Já é uma característica bem portuguesa, sempre que algo acontece envolvendo duas partes e o prejuízo de uma terceira e consequente necessidade de responsabilizar alguém, a culpa é sempre "do outro".
Tal foi o que sucedeu, desta feita, no dia internacional do antibiótico. Os farmacêuticos dizem que a culpa é dos médicos pois prescrevem este tipo de fármaco indiscriminadamente e por vezes escusadamente. Os médicos, por seu lado, afirmam que a culpa é dos farmacêuticos pois estes vendem antibióticos de uma forma demasiado leviana, pois lembremos que alguns antibióticos podem ser vendidos sem prescrição médica.
Contudo, como sempre acontece, existe um terceiro elemento nesta discussão - todos nós. Certeza temos que as pessoas estão cada vez mais frágeis e os vírus cada vez mais resistentes aos nossos antibióticos comuns, e tudo o que menos queremos saber é de quem é a culpa, pois nunca morre solteira, o que desejávamos (lá volto eu a pensamentos utópicos) era que ambas as partes assumissem a sua culpa, incluindo nós doentes que compramos antibióticos por uma pequena dor de cabeça, e juntos procurassem solucionar o problema, receitando menos e controlando mais. E já de agora, uns cházinhos com mel e um diazinho em casa ajudam muitas vezes e resolvem frequentemente o problema. E o que aconteceu às canjinhas das mães/avós?!



Bem hajam!!!

Parabéns ao Ratinho!!!


Não me querendo aqui alongar em questões éticas sobre marketing ou capitalismo, quero apenas congratular os 80 anos de vida do Rato Mickey, cujo primeiro vídeo foi emitido a 18 de Novembro de 1928 e que desde então tem vindo a encher muitas crianças (e crianças grandes) de sorrisos e alegria e aberto as portas para um mundo repleto de fantasia e emoção.
Todos vimos já alguma vez na nossa vida um vídeo deste rato criado pelo senhor Walt Disney e ninguém pode negar o papel lúdico e instrutivo que cada uma das suas pequenas aventuras comporta. A mim marcou-me, bem como a muitos outros da minha e de gerações anteriores.

Que a sua magia e ternura continuem a ser espalhadas por muitos mais anos e que os pais de hoje não o esqueçam e o mostrem aos seus filhos, nem que seja nos seus velhos VHS a preto e branco!




Bem hajam!!!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Oposição?!...Laranja não parece ser certamente.

Ora numa altura em que, não nos iludamos, grande parte das decisões políticas são já tomadas com os olhos postos nas eleições do próximo ano, que mais poderia desejar o partido do Governo do que uma oposição que se automutila. Pois tal foi é o que sucede no maior partido da oposição, a líder do PSD já nos tem vindo a habituar a exibições que apenas a enfraquecem e que a tornam a sua própria inimiga, contudo, Manuela Ferreira Leite deu hoje um golpe duríssimo na sua já muito fragilizada imagem, e desta feita não se limitou a "apenas" se mutilar, auto-infligindo um golpe bastante profundo.
O que pode o país esperar de uma líder de um partido político nacional que vem publicamente dizer que para "pôr tudo em ordem" voltaríamos a um regime de...Ditadura, ou antes "seis meses sem Democracia"? Eu sei que sou jovem e não vivi, felizmente, esses dias, mas terá esta senhora assim uma memória e cultura política tão curtas? E será que estamos tão cegos, surdos e descontentes a ponto de votar num candidato que afirma que para se reformar não pode viver em Democracia? Afinal em que acreditamos?! E porque se lutou durante anos se, afinal, é voltando ao temido e marcante passado que se reforma e muda?!
Obviamente, que quero acreditar que estas afirmações não passaram de mais uma infelicidade desta vez pautada pelo tom da ironia, contudo o discurso de Manuela Ferreira Leite fica marcado por uma grande dose de ambiguidade que faz os mais cépticos duvidar dessa mesma ironização. Ao invocar o fim da Democracia (ainda que em espaços de...6 meses), a líder do PSD não se pode esquecer ainda muitos portugueses, sobretudo da sua geração, vivem ainda com o estigma de uma longa e castigadora Ditadura.

Gostava ainda de saber porque continuam as declarações de Ferreira Leite a ser apelidadas de "gafes"? Quando a própria afirma ter sido um comentário irónico, questiono uma vez mais - a ironia não é algo premeditado e voluntário?

Para bem do país e da sua política, esperemos que "os laranjas" ainda reconsiderem a sua liderança em prol de um concreto debate e luta política aquando dos desafios políticos que esperam o país para o ano. Ou que, acredito eu utopicamente, apesar de líder do PSD, Manuela Ferreira Leite nomeie outro elemento do partido como candidato a São Bento.



Bem hajam!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Porque a humanidade não deve esquecer os seus erros...

Comemoram-se hoje os 90 anos da assinatura do Armistício entre as Forças Aliadas e a Alemanha que marcou simbolicamente o final da I Grande Guerra Mundial.
O Armistício foi assinado à "11ª hora do 11º dia do 11º mês" e este momento é, hoje, assinalado em muitas partes do mundo através da realização de 2 minutos de silêncio às 11 horas da manhã, homenageando as cerca de 20 milhões de vidas perdidas nesse conflito.



Por todo o mundo, nomeadamente anglófono, é frequente verem-se nesta data papoilas vermelhas (em papel, plástico ou verdadeiras) como símbolo e homenagem aos veteranos da I Grande Guerra. A escolha desta flor advém do facto de a papoila vermelha ser abundante por toda a região da Flandres, zona onde se travaram algumas das mais duras batalhas, e por nesses tão fustigados terrenos essa ser quase a única flora que conseguia crescer e, até, prosperar.




Bem hajam!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Assim é que deveria ser...mais vezes


Devo confessar que a minha paixão pelo denominado desporto-rei tem vindo a diminuir por variadíssimas razões. Contudo, são momentos como o vivido no jogo entre o Real Madrid e a Juventus no passado dia 5 de Novembro que me fazem manter algum gosto por este desporto. Apesar de não ter especial carinho pelo clube madrileno, tenho uma afinidade especial pelo clube de Turim e uma enorme admiração pelo profissional e homem que é Alessandro del Piero e foi com grande emoção e orgulho que assisti a uma mostra de reconhecimento da brilhante carreira deste fantástico atleta por parte de todo o estádio Santiago Bernabéu, mais um grande momento para del Piero - ser ovacionada num estádio como o do Real Madrid, quando não se é dessa mesma equipa e quando o jogador em questão marcou três dos quatro golos que em dois jogos entre ambas as equipas deixaram o saldo em 4-1 para a Juventus, semelhante atitude e admiração não está ao alcance de qualquer jogador. Mas se tal acontecesse no Delle Alpi com Raúl seria igulamente merecido.

Bravo Alessandro del Piero!!!




Bem hajam!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um presidente "diferente"


Barack Obama é o 44º Presidente dos Estados Unidos da América.
A eleição do "magricela" é uma vitória sobre diversos preconceitos e ideologias profundamente enraizados na sociedade estado-unidense, personificando o triunfo de lutas centenárias que muitos acreditavam não poderem ainda ser resolvidas, simbolizando para muitos a esperança e crença numa sociedade melhor e mais justa. Mas, como referiu Obama no seu discurso de reconhecimento dos resultados, "A América é um sítio onde tudo é possível" e este é o momento da tão apregoada mudança defendida por este candidato nos seus discursos de campanha, os Estados Unidos precisam dessa mudança, e o mundo também.
Contudo, não devemos esperar milagres e exigir impossíveis que roçam o utópico, nem ser completamente pessimistas e destrutivos, devemos, sim, não esquecer que Barack Obama é o Presidente dos Estados Unidos e que vai governar esse mesmo país e para os seus cidadãos e eleitores, não nos iludamos.
Devemos agora esperar por Janeiro (apenas em 2009 tomará posse) e começar a estar a atentos aos sinais que possam ir surgindo de para onde se dirigirá, de facto, a política dos EUA, nomeadamente a nível externo. O mundo precisa de se unir cada vez mais e não de parecer uma regata em que cada barco rema para seu lado, e numa altura tão delicada como esta, é importante e com bons olhos que vejo um presidente ser eleito e congratulado pela comunidade internacional de forma tão generalizada e, aparentemente, tão sincera e por países que não o haviam feito na ocasião anterior.
O importante para o mundo que existe fora das fronteiras dos EUA não é a cor partidária do presidente, o seu aspecto físico ou a sua raça, mas sim o seu carisma, valores e políticas nomeadamente económicas, bélicas, ambientais e a sua atenção e defesa dos direitos e liberdades de todo e qualquer ser humano.

Quero, para terminar, deixar uma palavra de reconhecimento à humildade e grandeza demonstradas por McCain no seu discurso, reconhecendo não apenas a sua derrota mas acima de tudo a vitória do seu adversário e o seu pedido emotivo de união de todos e o apoio dos "seus" ao novo presidente, Barack Obama.

Despeço-me com uma frase que ouvi da boca de um cidadão estado-unidense após conhecer os resultados das eleições:
"Let us forget about Blue States or Red States and concentrate on the United States".




Bem hajam!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Gira a Fita em...Sugestões da semana

Alterando um pouco o formato desta minha rubrica, aqui ficam algumas sugestões para ver no escuro conforto de uma sala de cinema próxima de si.

Começo com uma sugestão na língua de Camões para tentar não correr o risco de que quem ler este meu texto não o faça até ao fim e porque acho que devemos dar preponderância ao que é nosso, especialmente quando é bom. Tal é o caso do filme da dupla Tiago Guedes / Frederico Serra, Entre os dedos. Esta película retrata a história de um punhado de pessoas tão comuns como qualquer um de nós e a sua luta e drama diários contra a vida e todas as suas adversidades. Enquanto algumas pessoas se resignam e desistem de lutar, outras dão a cara à luta e usam das armas de que dispõem. Paulo (Filipe Duarte) é uma dessas pessoas, perdeu o seu emprego na construção civil após a obra em que trabalhava ter sofrido uma derrocada e ter denunciado a situação, sendo a sua vida que agora está em plena derrocada a cada dia que passa...Um drama assinado pelo jornalista e romancista Rodrigo Guedes de Carvalho e protagonizado por, entre outros, Filipe Duarte, Isabel Abreu, Gonçalo Waddington, Lavínia Moreira e Nuria Mencía.
A não deixar escapar por "entre os dedos".

Apesar de ser suspeito por admirar bastante o actor John Cusack, War,inc (Guerra, S.A.), é outra das minhas sugestões. Trata-se de uma sátira política que vem de uma forma humorística e descontraída colocar o dedo em feridas por sarar e verdades que incomodam - vai-se lá saber onde terão os guionistas ido encontrar a sua inspiração.
O protagonista é Brand Hauser (John Cusack), um assassino contratado para matar um ministro do Médio-Oriente devido a problemáticas inerentes, uma vez mais, ao ouro negro. Com as participações femininas de Hillary Duff e da deslumbrante Marisa Tomei e ainda com a presença de outro actor de que gosto particularmente, Sir Ben Kingsley, Guerra, S.A., é um filme a não perder mas a ver com um olhar atento e mente a trabalhar, pois a brincar dizem-se muita verdades sobre este nosso mundo.

A temática das novas tecnologias e seu impacto nas nossas vidas está na base das minhas próximas duas sugestões:
Eagle Eye (Olhos de Lince) confirma o actor Shia LaBeouf como um actor a ter em conta no futuro (tal como havia afirmado no meu post sobre o filme Transformers) e demonstra o paulatino crescimento de Michelle Monaghan. Estes dois actores encarnam duas personagens que não se conheciam e que se vêem envolvidos num autêntico jogo em que são totalmente controlados. Contactados e ameaçados por um telefonema de uma mulher que ambos desconhecem, Jerry e Rachel encontram-se envolvidos em situações de enorme risco enquanto são controlados pela misteriosa personagem que segue e antecipa todos os seus movimentos monitorizando e controlando todas as ferramentas tecnológicas que de forma mais ou menos inocente vão utilizando para tentar escapar a esta ameaça invisível.
Este filme levanta questões relacionadas com a nossa privacidade e liberdade, se é que de tal ainda gozamos, e com a intrusão de toda a tecnologia que nos rodeia nas nossas vidas e a forma como somos por ela controlados.

Untraceable (Indetectável) é um thriller inteligente e audaz que explora a temática da criminalidade cibernética mas dando um passo um pouco mais além, revelando-nos uma realidade perturbadora mas que poderá não estar, infelizmente, assim tão distante de nós quanto poderemos pensar.
Um jogo do gato e do rato entre a agente do FBI Jennifer Marsh (Diane Lane), e a sua equipa, e um assassino em série que emite via Internet através de um sítio indetectável videos das suas vítimas, cujo processo de assassínio é acelerado com o aumento de visitantes da sua página pessoal - killwithme.com. A trama adensa-se e torna-se pessoal para Jennifer quando é a sua própria vida que fica em jogo.


E para dar alguma música a um qualquer serão, mais duas sugestões: Mamma Mia e High School Musical 3.
Longe de ser o meu género de filme preferido, estes dois musicais merecem o meu destaque por razões diferentes. Enquanto a minha ida ao cinema para ver Mamma Mia se deveu ao facto de a banda sueca Abba ter sido contemporânea da juventude da minha mãe e por tal ter acedido ao seu convite para ver este filme, devo assumir que me surpreendeu pela positiva. É inquestionável a invejável qualidade do elenco desta película, com nomes como Meryl Streep, Pierce Brosnan, Coilin Firth, Stellan Skarsgȧrd e a agradabilíssima surpresa, Amanda Seyfried. Contudo, tenho de realçar um fantástico trabalho de produção envolvido neste filme, desde os esplendorosos cenários à brilhante adaptação das músicas ao guião, sem poder esquecer a revelação que foi, para mim, o talento vocal demonstrado por elenco não habitualmente visto por estas andanças. Ficou-me na retina e por tal chamo a atenção para a cena passada na o telhado da "casa das cabras" que me impressionou pela positiva, essencialmente pela forma e vivacidade apresentadas pela menina de quase 60 anos de idade, Meryl Streep, sem dúvida a energia e luz deste filme.

A trilogia High School Musical merece indubitavelmente culminar no grande ecrã. O reconhecimento do enorme empenho e do muito trabalho e dedicação de toda a equipa que levou até uma geração mais nova daquela de Fame um filme musical inspirador e uma mostra de como muita coisa poderia e deveria ser na juventude desta nossa sociedade. O sub-título deste terceiro capítulo é Senior Year ( O último ano) e marca o fim de um capítulo nas vidas dos jovens protagonistas. Devo confessar que pouco vi dos dois anteriores filmes mas após ter ouvido as palavras de alguns dos elementos que compõem a equipa de produção achei que merecia algumas palavras de apreço e incentivo, visto pretender incutir princípios positivos numa geração adolescente que de tal tem um enorme défice. Os protagonistas pretendem transmitir a ideia de que vale a pena ter sonhos e lutar, de forma sincera e honesta, por eles, acreditar que tudo é possível desde que se tenha vontade e acreditemos em nós mesmos, e passando essa mesma mensagem para o campo do amor, pois o primeiro beijo entre os protagonistas Troy e Gabriella surge apenas neste terceiro filme após dois outros de paixão e romance.
Convidem os vossos amigos, pais ou caras-metades e vão ver este filme, esqueçam aquele filme de tiros e explosões ou aquele romance igual a todos os outros e aprendam algo sobre amizade pura, amor genuíno e alegria de viver com High School Musical 3: O Último Ano - p.s.: façam como eu e vejam os primeiros dois capítulos antes, para quem franze o nariz ao género (como eu), demoramos a entrar no estilo mas depois até é agradável.




Bons filmes e bem hajam!!!

Os Estados Unidos (feliz ou infelizmente) és tu, sou eu, somos todos nós...


Aproveitando uma "pausa" concedida no meu laborioso, mas aprazível, estágio, retomo alguns pequenos deleites que tanto aprecio. Retomar a escrita neste meu espaço acompanhado por um quente café e uma iguaria da doçaria da minha região - uma Queijada de Tentúgal - enquanto a chuva cai lá fora...
Quase dois anos decorreram (21 meses para ser mais correcto) desde o início da campanha política para a Casa Branca, a qual terá hoje o seu término. Após lutas intra-partidárias que duraram cerca de uma ano, outro tanto se passou em lutas inter-partidárias entre Republicanos e Democratas, McCain e Obama, Palin e Byden, sendo hoje o dia da decisão final.
Durante todos estes meses, a importância e visível impacto futuro desta eleição foi ganhando preponderância nos nossos quotidianos. Várias vezes ouvi de amigos e desconhecidos o discurso da alienação e distanciamento - "Porque temos de estar a ouvir isto todos os dias?" ou "O que nos interessa a nós quem é que ganha nos EUA?". Por muito que não me tenham agradado até hoje as políticas estado-unidenses, nada posso por agora dizer quanto a políticas que ainda estão "em gavetas" mas de uma coisa estou certo: Feliz ou infelizmente, os Estados Unidos da América somos todos nós!, se vai ou não mudar. apenas o futuro o dirá mas por ora, devemos encarar o facto de que precisamos que esta enorme potência económica, industrial, militar, etc. tome um rumo pois ainda é ela que está ao leme, para o bem e para o mal.
Nesta linha de que todos nós fazemos, de alguma forma, parte de todo este processo eleitoral, queria aproveitar esta minha janela para o mundo para chamar a vossa atenção para uma curiosa iniciativa levada a cabo por três islandeses que criaram um blogue denominado "If the world could vote?" (Se o mundo pudesse votar?), assente na ideologia de que o impacto desta eleição nos afecta a todos e que todos nela deveríamos poder votar e participar.
Imbuído pelo mesmo espírito dos criadores deste blogue, votei no candidato da minha preferência e fui seguidamente consultar as estatísticas. Após uma análise das proveniência dos votos e suas percentagens por país, algumas coisas coisas curiosas me saltaram à vista. Valendo, obviamente, estes números o que valem, é interessante observar a forma claríssima como McCain é cilindrado por Obama, somando este último mais de 87% dos votos de uma total de 780 mil votantes. contudo, não fiquei satisfeito com esta estatística geral e mergulhei um pouco mais nos resultados desta iniciativa. Primeira curiosidade que tive foi ver quão esmagado seria McCain no país natal do pai de Obama (em 668 votantes, 95% votaram Barack Obama). De seguida percorri o mata com o cursor por alguns países e saltou-me à vista, apesar dos milhões de habitantes, o universo votante e respectivos resultados em países como a Arábia Saudita, o Brasil e o nosso Portugal, pois tendo em conta a nossa dimensão populacional, essa mesma proporção coloca-nos entre os países mais participativos nesta iniciativa, com 41187 participantes, apenas superados pelos EUA e pela Austrália e bem destacados do Reino Unido e do Brasil, e bastante distantes dos valores dos nuestros hermanos ou da França - não sei se por desinteresse dessas mesmas sociedades ou se pelo "banho" que os nossos meios de comunicação nos têm dado nas últimas semanas, mas dá, de facto, que pensar. Por último quero realçar quatro resultados em particular: os países anglófonos (Índia, Austrália, Reino Unido, África do Sul); a indecisão patente nos cerca de mil votantes da Venezuela de Chávez...; o resultado da votação dos quase 95000 canadianos que haviam votado até ao momento em que escrevi este meu post; e o resultado nada surpreendente da pequena República da Macedónia que deu uma clara, e a única, vitória fora de portas a McCain, algo que não acontece por acaso pois, recorde-se, McCain "apoiava" este pequeno país na sua polémica luta pela alteração do seu nome, iniciativa que recebeu forte oposição da Grécia, e uma simples observação dos resultados nesses dois países são, de tal, um claro testemunho.
Já num plano um pouco mais sério e apesar dos "apenas" 252816 participantes dos Estados Unidos, é interessante atentar na percentagem Barack Obama 79,8% - John McCain 20,2% resultante dos votos das poucas pessoas que são, de facto, eleitores...Mais logo já saberemos se apenas os apoiantes de Obama entraram no espírito desta iniciativa e votaram ou se tal amostra reflecte algo dos resultados reais das eleições estado-unidenses à Casa Branca.

Em tom de despedida deixo a hiperligação para o blogue de que falei neste meu post http://iftheworldcouldvote.com/




Boa votação e bem hajam!!!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Coliseu vestiu-se de branco


Eram sensivelmente 22h15m quando vestida de branco a menina Colbie Caillat subiu ao palco do Coliseu de Lisboa - mais ou menos a hora a que também estaria a sair da Estação do Oriente o meu último comboio para regressar à cidade dos estudantes, mas as críticas virão mais adiante.
Pautado por um tom intimista e uma atmosfera de concerto acústico, o primeiro concerto desta jovem cantora norte-americana em Portugal foi apaixonante, fluindo de uma forma natural e aprazível entre temas do seu reportório e covers de outros intérpretes - como a emocionante versão de Killing Me Softly (original dos Fugees e interpretada por Lauryn Hill). Para os amantes daquilo que escutam no CD, praticamente a única coisa que se mantinha eram as letras porque a atmosfera e a música foi nos trazida em versões bem diferentes das do formato de estúdio.
A juventude e curta experiência internacional de Colbie foi a espaços notada com algumas quebras na interacção com o público, a qual era quase que de imediato contrabalançada por momentos de grande intimidade e cumplicidade entre artista e admirador quando a menina Caillat contava a história por detrás da escrita de determinadas letras.
O momento alto, pessoalmente, de todo o concerto foi quando Colbie se apresentou bem no centro do palco e próximo dos espectadores e, rodeada por quatro dos seus talentosos músicos, tocou uma das suas músicas bem ao estilo havaiano acompanhada de um cavaquinho, o qual depois referiu saber ser de origem portuguesa, algo que foi apreciado e aplaudido por toda a plateia.
Resumindo, sem o mediatismo de uma Amy Whinehouse ou as inúmeras mudanças de indumentária de uma Madonna, tivemos uma simples mas deslumbrante princesa de "pé no chão" que cantou e encantou.

Não poderei, contudo, terminar este meu texto sem deixar algumas críticas à organização deste evento. Apesar de ainda ter decorrido em Setembro, a meteorologia é, hoje, algo de bastante inconstante e a ameaça de chuva era uma realidade, ora eu pergunto à entidade organizadora como seriam tratados os espectadores fosse essa possibilidade uma realidade, será que a nossa relação com estas é apenas pagar o bilhete e depois somos esquecidos?! E o horário?! Esta para mim a principal crítica que tenho a fazer. que tivesse de ser a um Domingo, até compreendo pois a agenda de um artista é algo de complexa gestão, mas num contexto social em que muita da cultura é já por si um acto elitista, porquê torná-lo ainda mais, o concerto estava a começar mais ou menos no mesmo momento em que estaria a partir de Lisboa o meu último comboio, o que me deixou com duas alternativas: hotel ou carro (mais gasóleo, mais portagens, mais alimentação)...Será que temos de ser de Lisboa (ou do Porto) para usufruirmos em pleno de eventos culturais?! E mesmo reconhecendo que esses são os centros da cultura no nosso país, não mereceiam as pessoas de outras partes do país maior consideração enquanto amantes da cultura?! Ou esta é mesmo só para alguns eleitos?! Concluindo, lá cheguei a casa pelas 2h da manhã...




Bem hajam!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Um talento a desabrochar...



Admito que a minha ligação ao fenómeno YouTube nem sempre é a mais forte e que a minha atenção para esta artista demorou o seu tempo a ser chamada mas aqui estou eu para escrever um pouco sobre esta voz que canta cada vez mais alto e chega cada vez mais longe...Ana Free.

Quando todas as portas se fecham, esta menina resolveu entrar por uma janela e devemos dar-lhe os parabéns, pelo menos, pela sua audácia.
Tendo o seu quarto como estúdio de gravação e o YouTube como a sua primeira editora, e conjugando um conjunto de factores a seu favor, Ana Free fez recurso do seu background materno inglês e dos conhecimentos de guitarra do seu pai (que a ensinou desde os seus 8 aninhos), a estes ingredientes juntou o seu talento para cantar e mãos maravilhosas para as melodias da guitarra, tudo isto aprimorado por uma personalidade bastante simpática, humilde e doce.
Ana Free tem, sem dúvida, os ingredientes necessários para uma ascensão no mundo da música, esperemos, contudo, que essa mesma ascensão seja sempre muito equilibrada e se possível com este estilo acústico que tão bem lhe assenta e tanto apaixona.

O futuro parece começar já a sorrir e um primeiro trabalho está já em preparação, o qual irá, palpite meu, intitular-se In My Place. Enquanto fã resta-me apenas desejar toda a sorte e que o sucesso deste primeiro CD não retire nenhuma da doçura e genuinidade que a voz de Ana Free nos proporciona, e claro, que não deixe o seu talento ser engolido pelos artifícios tecnológicos que tão frequentemente os estúdios parecem gostar de adicionar aquando das gravações - Ana Free é guitarra e voz!

Em tom de conclusão, deixo apenas algumas sugestões por entre covers e originais - In My Place, The Rain, It's Time, Memories, Sway, Angie, Walking in Memphis, e o url para um video que vos permitirá de conhecer um pouco mais do que a voz, um pouco da pessoa por baixo do talento - http://www.youtube.com/watch?v=jJ21Qu8ARas.
Deixo duas sugestões para de despedir: visitem o MySpace de Ana Free - http://www.myspace.com/anafreemusic - e a par desta bela voz deslumbrem-se igualmente com a de Mia Rose - http://www.youtube.com/watch?v=43yFwTbzGiM.

Que esta menina portuguesa não esqueça as suas origens e as realce pois são uns dos ingredientes que a fazem tão especial!!!

Toda a sorte do mundo!!!



Bem hajam!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um café cristalino

Após a revolução que veio criar no sector dos sistemas de café de elevada qualidade em doses individuais, a Nespresso surge uma vez mais no mercado para nos espantar.
A sua imagem pessoal e tecnologia avançada são já conhecidas do público, quer se seja ou não amante de café, mas esta marca assumiu uma aposta ainda mais arrojada lançando, em parceria com a mundialmente famosa Swarovski, dois novos modelos de máquinas da linha Essenza - uma versão com cristais em tons rosa reluzente e outra com as mesmas pedrinhas a conceder à máquina de café uma tonalidade preto brilhante.
Criada para um público de gostos mais requintados e espaços ou eventos mais específicos e especiais, a linha Swarovski/Essenza está repleta de glamour e brilho.
Pessoalmente, duvido que o já por si delicioso café que a minha modesta máquina Essenza cor de tijolo me proporciona aprimore o seu sabor pelo simples facto de ser coberta por estes delicados cristais, mas uma pergunta passa com frequência pela minha cabeça ao ver estes novos modelos - como ficarão ou não ficarão os bem-ditos cristais após umas quantas sessões de limpeza?!
Com um preço que deverá rondar os 700€ e tendo uma produção limitada de unidades, algumas destas caprichosas máquinas de café poderão ser apreciadas pelos adeptos do conceito Nespresso, e de um bom café, nas lojas da marca no nosso país, em Lisboa e no Porto.
Apesar de todo este requinte, será sempre um café Nespresso e poder-se-á sempre obter o mesmo sabor por uma quantia bem mais simpática.





Bons cafés e...bem hajam!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Coisas que me irritam solenemente - Falta de "piscas" na estrada

Dado que está o mote com o meu anterior post, inicio esta minha rubrica com uma das coisas que, enquanto condutor, mais me irritam na estrada, havendo, contudo, um espaço em particular que mais me incomoda, as famosas rotundas.
Será assim tão difícil para um condutor empurrar aquela alavancazinha para cima ou para baixo para informar um outro colega de estrada de qual o rumo que aquele automóvel, aparentemente desgovernado, se dirige?! Porque temos nós de estar num cruzamento eternamente à espera de uma luzinha laranja que teima em não aparecer, atrasando o trânsito, desgastando o nosso veículo, poluindo ainda mais com quase arranques e irritando-nos com quem nos acompanha no banco do lado.
Que parte neste mundo supostamente civilizado faltou entender àqueles condutores que quando ultrapassam uma bicicleta seria bom para eles, para nós enquanto condutores do carro imediatamente atrás e para o próprio ciclista sinalizar o seu movimento para que o outro carro saiba qual a razão para o desvio da rota de circulação normal?!
E lembre-se, na auto-estrada andamos um bocadinho mais depressa do que fora dela, aqui talvez a tal luzinha seja mesmo bem-vinda, antes de já estar à esquerda e depois de olhar para aqueles vidrinhos que muitos teimam em não ver e que se dão pelo nome de espelhos.

Termino fazendo uma referência aos que, e porque os há, recorrem em demasia a essa mesma alavanca, induzindo com a sua mostra quase psicadélica de iluminação laranja, os demais condutores em erro, como aqueles que ligam a luz de "pisca" à esquerda no interior das rotundas para imediatamente saírem à direita com nova e confusa sinalização laranja - "Mas então tu não ias continuar na rotunda?!".

Uma última palavra em tom de despedida para todos aqueles que gostam de jogar às adivinhas com o condutor que circula atrás, quando já se adivinhou que vão virar, poupem-me o "pisca" com tom prepotente, sendo de tal exemplo aqueles condutores que já depois de terem estado a travar durante uns bons metros e me terem colocado à procura do obstáculo\perigo e a jogar o referido jogo das adivinhas, passam para a via de saída ou desaceleração e aí sim, ligam a luz intermitente laranja - "Obrigado, Sr(ª). Condutor(a), mas já percebi!!!".

Pensem nos outros na estrada (já que não pensam em vocês), deixem-se de preguiças com um volante nas mãos e tirem lá o bracinho da janela por uns segundos, ele bronzeia no Verão!!!



Bem hajam!!!

Coisas que me irritam solenemente

Após vários meses de ausência, não por um marasmo criativo ou de vontade, mas por falta de disponibilidade temporal e, por vezes, mental estou de volta a esta actividade de livre escrita que tanto me apraz.
Agora com uma disponibilidade maior e com várias ideias e rascunhos a correr pela mente espero, desta feita, conseguir estar mais presente neste meu espaço de opinião e devaneio. Com esse mesmo intuito, decidi criar uma nova rubrica a qual resolvi apelidar de "Coisas que me irritam solenemente". Neste espaço pretendo dar a minha humilde e muito pessoal opinião sobre comportamentos que me aborrecem profundamente e com os quais me deparo quotidianamente, actos que são para muito banais e rotineiros mas que ajudam a contribuir para uma crescente e visível falta de civismo na sociedade, nomeadamente na portuguesa, mas como a culpa não morre solteira e não existem casos isolados, aponto o dedo não a um povo em particular mas para uma situação que, onde quer que ocorra, "me irrita solenemente", pretendendo desta forma alertar algumas consciências e, qual desejo utópico, mudar alguma coisa - se pelo menos uma pessoa alterar o seu comportamento já me considerarei um vencedor.



Bem hajam!!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Gira a Fita em...There Will Be Blood

There Will Be Blood é, a par com No Country For Old Men, o filme mais nomeado, proposto em 8 categorias. É, de facto, um grande filme que mergulha o espectador num mundo de especulação e desejo ávido por controlo e dinheiro cimentado numa das mais controversas riquezas naturais deste nosso planeta, o petróleo.
"Haverá Sangue" (título português), principia a sua trama nos finais do século XIX, 1898 para ser mais preciso, e ajuda de sobremaneira a compreender muitos aspectos da nossa sociedade contemporânea e da importância e elevado valor do ouro negro.
Daniel Day-Lewis pauta-se, uma vez mais, por uma excelente prestação, algo a que já nos começa a habituar desde Gangs Of New York, e a enorme qualidade da sua representação deixa-me muito pouco a dizer pois seria redundante estar aqui a desenrolar toda uma panóplia de elogios sinónimos em si. Contudo, devo deixar uma enorme palavra de apreço e elogio ao jovem actor, Paul Dano, que será uma estrela, nesta constelação que é Hollywood, que terá, sem dúvida, um enorme brilho no futuro, já presente em outros filmes como Taking Lives ou o grande sucesso do ano anterior, Little Miss Sunshine; aqui, Dano representa um duplo papel, apesar de ser com a personagem de Eli Sunday que se vai destacar, e se quiserem atestar a qualidade deste actor e o brilho que já possui, atentem, por exemplo, nos sermões que dá na igreja durante o filme ou nos seus embates com Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis).
No entanto, este filme é muito mais que os seus actores, e começa o seu êxito logo com a brilhante adaptação que Paul Thomas Anderson faz do romance de 1927 Oil de Upton Sinclair. Neste filme, o talento do argumentista está também associado à realização e produção do mesmo, sendo que nestas áreas, Paul Thomas Anderson continua a dispensar apresentações com filmes como Magnolia ou Boogie Nights no seu currículo.
Além das nomeações para Melhor Actor Principal, Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Guião Adaptado, There Will Be Blood está ainda nomeado nas categorias de Melhor Direcção Artística, Cinematografia, Montagem e na categoria de Som, mas neste campo, creio que uma nomeação para Melhor Banda Sonora também em nada seria descabida.

"Haverá Sangue" é um filme que aconselho vivamente mas para cujo visionamento deixo uma pequena sugestão, aproveitem o intervalo para descansar um pouco, saindo da sala, porque é um filme mais longo do que parece por ser algo pesado e variar pouco de contexto. Mas não o percam!



Bem hajam!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Gira a Fita em...In the Valley of Elah

"No Vale de Elah" aborda uma temática que será seguramente, na cena cinematográfica americana a curo prazo, cada vez mais frequente, a guerra do Iraque e todas as questões subjacentes e decorrentes. Neste filme o espectador é submergido num drama familiar, pessoal e humano que certamente afecta inúmeras famílias de soldados que combateram e combatem nesta região do globo.
Após ter recebido um telefonema da base militar onde deveria estar o seu filho de que este estava desaparecido, Hank Deerfield (Tommy Lee Jones) parte em busca do seu filho e da verdade por trás do seu desaparecimento, sem o apoio inicial de ninguém e contra todos, Hank é incansável, tendo mais tarde o apoio da Detective Emely Sanders (Charlize Theron) que o ajuda quando tudo parecia já indecifrável mas resolvido
Lee Jones tem um espectacular desempenho que lhe valeu a nomeação para a estatueta para Melhor Actor Principal, Charlize Theron mostra mais uma vez o porquê de ser uma das mais requisitadas de Hollywood do momento, proporciona uma beleza incontestável e um talento inconfundível (apesar de não ter aqui um papel que lhe permita todo o brilho de que sabemos ser capaz), e não podia deixar de mencionar a prestação de Susan Sarandon que nos poucos momentos que surge no ecrã nos presenteia com momentos de enorme carga emocional e dramática.
Como já referi, destaco neste filme a brilhante prestação de Tommy Lee Jones, mas devo igualmente destacar o guião\história e o bom trabalho no campo da Imagem, montagem e recolha.
É um filme que aconselho vivamente, quer por desenterrar e nos dar (deste lado do Atlântico) a conhecer certos factos que desconhecemos por completo, quer por nos fazer olhar para esta problemática dos soldados que regressam dum autêntico inferno, quer, ainda, pelo menos pela curiosidade de desvendarem o porquê do título.



Bem hajam!!!

Gira a Fita em...Sweeney Todd

Tenho uma certa animosidade para com os filmes cantados e os musicais, é uma posição pessoal. Ou talvez tivesse essa certa animosidade, morto está aquele que não aceita mudar as suas opiniões.
Confesso que quando vi pela primeira vez o trailer de apresentação deste filme e percebi que na tradição de Tim Burton, com muito de musical, fiquei um pouco reticente. Não tenho problema algum com os seus filmes animados se parecerem muito com musicais mas quanto a ver os actores de carne e osso a fazerem-no...quando quero ver um musical vou a uma sala de espectáculos. Mas sendo um enorme fã desta arte, de Burton e de Depp, o qual afirmou que o facto de falar cantando lhe deu, como actor, uma muito maior liberdade e uma interpretação sem igual na sua carreira, portanto, lá coloquei os meus preconceitos num cantinho e fui à sala de cinema.
Aconselho vivamente a quem tiver essa oportunidade a ver, de preferência antes, a versão de Sweeney Todd de David Moore com Ray Winstone, a qual vos permitirá descobrir o filme de Tim Burton de uma outra forma.
Passado este aparte, devo confessar que à medida que a fita ia girando, ia ficando cada vez mais consciente das palavras de Johnny Depp, o diálogo cantado transmitia uma outra liberdade e fluência às personagens, pelo que as partes cantadas são mesmo as que mais destaco, sendo que neste particular todos os actores desempenharam um excelente papel, e a doce voz da muito jovem Jayne Wisener foi uma agradável descoberta. Tal como o foi, ver Sacha Baron Cohen (a.k.a. Ali-G) a fazer cinema de verdade pois é de facto uma personagem bastante eclética.
Destacado pela Academia em áreas como o seu fabuloso Guarda-Roupa, a brilhante prestação de Johnny Depp ou para a excelente Direcção Artística, creio que me posso dar à liberdade, neste meu espaço, de destacar este grande filme em áreas como Som, Imagem ou destacando a sua brilhante Banda Sonora.
Por todas estas e muitas outras razões, é um filme que aconselho a ver, pois proporcionará um agradável momento sem levar o espectador a realizar um grande esforço mental, entretém com extrema qualidade cinematográfica.



Bem hajam!!!

Gira a Fita em...Le Scaphandre et le Papillon

"O Escafandro e a Borboleta" (título português) é o relato duma história de vida brutal e marcante que deve ser visto com bastante humildade e humanidade...A vida pode mudar num piscar de olhos.
Numa em quatro categorias para os Óscares da Academia, este filme é a adaptação cinematográfica da história de vida de Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle, um jovem casanova e amante dos puros prazeres da vida que de um momento para o outro se vê refém do seu próprio corpo, vítima dum raro caso da medicina, o síndroma "locked-in".
Rodeado por pessoas que o amam mas que o não compreendem verdadeiramente, Jean-Do (Mathieu Amalric) encontra na sua imaginação a única forma de evasão para a prisão e martírio em que se tornou a sua vida.
Filmado de forma a transmitir a forma como Bauby via o mundo, o seu, e narrado por ele, Le Scaphandre et le Papillon relata uma história comovente e apaixonante de algo que ninguém pode sequer tentar imaginar...ser refém do nosso próprio corpo, dependente para tudo e "incapaz" de comunicar.

Tenho apenas muita pena que as distribuidoras tenham apostado tão pouco neste filme, pelo que se ainda conseguirem vê-lo, não hesitem.



Bem hajam!!!

Gira a Fita em...Elizabeth, The Golden Age

Candidato aos galardões correspondentes a Melhor Actriz e a Guarda-Roupa, e talvez merecendo mais uma ou outra nomeação em áreas como Pós-Produção ou Som, Elizabeth, The Golden Age ("Elizabeth, A Era do Ouro") é um filme histórico que retrata uma fase em particular, talvez a mais conturbada, do longo reinado de Isabel I de Inglaterra, tortuoso para esta governante mas que levou a Inglaterra a uma posição imperial e de inquestionável hegemonia.
Cate Blanchett empresta o seu inquetionável talento a esta personagem, concedendo-lhe a força e carisma necessário para apaixonar o espectador. Enquanto Clive Owen se apresenta sem falhas e igual a si-mesmo, o meu destaque no campo das interpretações (colocando Blanchett num outro patamar) vai para Samantha Morton que creio desde há muito merecer um maior destaque no mundo do cinema, e para a jovem Abbie Cornish, até agora não muito presente no grande ecrã mas que parece ter obtido aqui o impulso de que necessitava (e perdoem-me se não concordarem, mas acho-a tremendamente parecida com a Nicole Kidman e isso é já uma boa parte do caminho percorrido para o sucesso entre os fãs da 7ª Arte!!). Não podia deixar de referir a presença de Geoffrey Rush, trazendo um toque de enorme experiência e qualidade incontestável a este elenco.
Em Elizabeth, The Golden Age, o espectador é inserido na deslumbrante corte de Isabel I em finais do século XVI, numa altura em que a directa herdeira ao trono Mary Stuart, apesar de presa leva a cabo planos para o assassínio da rainha, a Inglaterra sofre de cisões internas motivadas, essencialmente, por questões religiosas e são cada vez mais e em maior número os inimigos. Neste ambiente, é impossível ao espectador não ficar deslumbrado com as roupagens utilizadas pelos personagens e apaixonado pelas fabulosas indumentárias de Isabel. Apesar deste contexto no interior do qual gira a acção, o enredo em si centra-se na teia amorosa da Rainha Virgem, a questão de não ter ainda contraído matrimónio e a sua relação com o aventureiro Sir Walter Raleigh.
O filme termina com bastante intensidade, com a derrota da Armada espanhola e com os encontros de Isabel com a sua antiga dama de companhia, Elizabeth, e Sir Raleigh, e o encontro no leito da morte com o seu fiel conselheiro, Sir Walsingham, o qual profetiza tempos conturbados e agitados para a Inglaterra, tal como a história viria a provar. Pelo meio, somos presenteados com momentos hilariantes, emocionantes e episódios marcantes da história.
Elizabeth, The Golden Age é um filme da época da corte inglesa como há já muito não se via, com excelente qualidade de elenco e equipa de produção.


Bem hajam!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Gira a Fita em...I'm Not There

I'm Not There é um filme bastante complexo e pesado. Considerado por alguns como a reconstituição de pedaços da conturbada vida de Bob Dylan, tal não é o carácter que este filme pretende adquirir - tal como afirmam os seus créditos finais, é uma história ficcional com pontuais momentos verídicos.
Com estreia marcada no nosso país para 6 de Março, quem for ver este filme deve preparar-se para uma constante ginástica mental, mesmo aqueles que tenham um certo conhecimento das várias épocas retratadas e de Dylan. Outro factor para o qual o espectador deve estar sensível antes de entrar na sala de cinema, é a particularidade de boa parte desta produção ser rodada a preto e branco, característica que muitos (nomeadamente os mais jovens) não aceitam muito bem.
O elenco desta produção dispensa, na sua grande maioria, apresentações, contando com nomes como Richard Gere, Christian Bale, Julian Moore, Cate Blanchett e o recentemente falecido, Heath Ledger, que nos mais uma boa prestação, mas que infelizmente veremos como uma despedida deste talentoso jovem. Contudo, em contexto de contagem decrescente para os Óscares, é nessa perspectiva que me vou ater neste filme e para tal, volto a referir o nome de Cate Blanchett, a qual representa a única nomeação deste filme. Num enredo que não dispõe de actor principal, pois tal destaque seria injusto neste filme feito de recortes, Blanchett surpreende de imediato ao encarnar um papel masculino, mas não se fica por aqui e interpreta de forma exemplar uma das facetas mais excêntricas e exigentes desta história. No campo dos actores, uma nota vai também para o jovem Marcus Carl Franklin e para a actriz Charlotte Gainsbourg - esta mais conhecida do cinema de produção europeia.
I'm Not There mereceria em pleno a vitória para a estatueta a que está proposta, não só pelo desempenho de Blanchett mas igualmente um premiar de todos os outros actores e para a produção, que apesar de não ser brilhante tem os seus méritos em matérias como casting, pesquisa de materiais de diferentes épocas em áreas tão variadas quanto imagens ou variedades dialectais das diferentes personagens, bem como cenários ou caracterizações. A banda sonora é neste filme praticamente toda pertencente a Bob Dylan, pelo que a sua aceitação ou não depende do gosto do espectador para com este artista e seu particular estilo.

A minha posição quanto à atribuição do galardão para melhor actriz secundária é já discernível, pois num filme não muito fácil de ver, só mesmo a interpretação do elenco o poderia tornar mais ligeiro e agradável, e creio ser no seu leque de actores que residirá o seu trunfo para que não seja um fiasco, pelo menos entre o nosso público, ávido sempre pelo mesmo tipo de produção com "muito pouco sal" e de fácil "digestão".
Creio que fica uma sugestão para verdadeiros cinéfilos ou amantes de Bob Dylan e sua época!


Bem hajam!!!

Gira a Fita em...Gone Baby Gone

Primeiro que tudo, quero apenas clarificar que desta vez coloquei o título do filme na sua versão original porque não concordo com a versão escolhida pela editora responsável pela sua distribuição no nosso país. Este filme chegará ás salas de cinema nacionais com o título "Vista pela última vez...".

Apesar de não apreciar propriamente os dotes de Ben Affleck para a representação, este parece ser um espécie de pau para todas as serventias, visto ter já composto bandas sonoras e, neste caso, ter escrito o guião e ter realizado este filme e de uma forma, devo dizer, bem conseguida.
Gone Baby Gone é uma que consegue perturbar. Diz-se que aproveita um pouco do balanço do mediático caso "Maddie" e que com ele partilha semelhanças. Essa não é a minha opinião, pois não se sabendo os contornos do caso ocorrido no nosso país, vejo como únicas semelhanças, a aparência de Amanda (a menina raptada neste filme) com Madeleine e a própria temática central; mas, igualmente, desconheço o impacto do caso da menina inglesa nos Estados Unidos.

Fora estas insinuações, que nada mais fazem se não ajudar à publicidade desta produção, pretendo cingir-me apenas ao comentário cinematográfico.
Casey Affleck, escolhido ou não pelo facto de o seu irmão ser o realizador, desempenha um papel como poderei qualificar como imaculado, não assumindo um grande brilho, também nada de negativo se lhe poderá ser apontado, num ano que não está a correr nada mal e que pode ser de projecção - nomeado para o Óscar de melhor actor secundário com o filme The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford. Discreta é a participação de Michelle Monaghan como actriz principal, sendo sobressai um pouco no final da história. Contudo, a juventude dos protagonistas é compensada pelas prestações de Ed Harris e o prazer da presença de Morgan Freeman, que certamente algo terão emprestado ao sucesso desta película. Uma nota de destaque vai, no entanto, para Amy Ryan que desempenha um papel que transfigura a imagem que temos dela de filmes como Capote ou The War of the Worlds, e que lhe vale a nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária, apesar de talvez não ser suficiente para levar a estatueta para casa (veremos...).
Esta produção não se destaca por muito mais coisas, mas creio que poderei deixar uma palavra para a forma como a história recebe um impulso no momento em que uma primeira fase se resolve e o espectador começa a perguntar-se o que se irá passar, que volta se irá verificar quando ainda falta tanto para o final do filme e tudo parece já estar resolvido...
Com esta interrogação deixo um aperitivo em jeito de chamamento para que vão ao cinema e vejam esta história, que pensem realmente nela, no quão recorrente é no nosso mundo e na participação que todos poderemos e devemos ter para ajudar a tudo melhorar.


Bem hajam!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Gira a Fita em...Juno

Uma delícia...

Foi esta a palavra que me ocorreu para classificar este filme quando comecei a ler os primeiros nomes contidos nos créditos finais.
Numa pacata cidade do Mid-West dos Estados Unidos e num dia de maior apatia ou por pura curiosidade, a jovem Juno (Ellen Page) decide ter relações com o seu amigo Paulie Bleeker (Michael Cera). O resultado, contudo, não foi o esperado e Juno depara-se com uma gravidez não planeada.
Mas esta jovem bastante irreverente vai, fiel a si-mesma, tomar uma decisão igualmente irreverente em relação à sua situação. Apoiada pela sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), decide procurar uma família de adopção à qual entregar o seu bebé após o nascimento. O seu pai (J.K.Simmons) e a sua madrasta (Allison Janney) serão bastante compreensivos e ajudarão da melhor forma possível.
Juno pensa ter encontrado o casal perfeito, Mark (Jason Bateman) e Vanessa (Jennifer Garner). Há medida que o tempo vai passando, Juno cria fortes laços de afectividade com Mark, algo que incomoda Vanessa. Mas o final surpreende o espectador, já apaixonado pela excentricidade e ternura da personagem principal, o qual descobre com Juno o valor da maternidade, mesmo quando não a achamos possível, e a doçura do nosso amor de escola.
Não me adenso muito no levantar do véu do enredo pois desejo que tenham curiosidade para ir ver este filme a uma qualquer sala. Tem a sua estreia em Portugal marcada para o dia 21 de Fevereiro, sendo a noite de atribuição dos Óscares no dia 24.

Candidato a 4 estatuetas douradas, Juno parece-me ter argumentos para lutar pela vitória em qualquer uma delas: Melhor Guião Original, Melhor Realização e Melhor Filme parecem ser, no entanto, as "mais acessíveis", visto estar, igualmente, candidato ao Óscar de Melhor Actriz com a jovem Ellen Page, e o factor hetário já provou por várias vezes ser decisivo em Hollywood, a favor dos mais velhor e\ou experimentados nestas andanças do cinema, e as adversárias são, de facto, de peso - Cate Blanchett, Julie Christie, Marion Cotillard e Laura Linney.
Em todo o caso as atribuições dos Óscares são muitas vezes injustas e surpreendentes (nem sempre pela positiva) mas espero que não seja o caso para este filme que merece o seu valor reconhecido e premiado.



Bem hajam!!!

Gira a Fita em...Atonement

Quando decidir fazer o meu Top de filmes preferidos, este constará com toda a certeza!

Começando logo com uma bastante bem composta Banda Sonora, a qual consegue ditar o ambiente e emoções certos para cada momento, tornando-os incrivelmente intensos; passando por um guarda-roupa sublimemente bem criado, Atonement ("Expiação"), cativa e prende a atenção do espectador do princípio ao fim.
Não, não é mais uma história de amor, é uma deslumbrante história de vida(s) emoldurada por genuíno e incondicional amor.
Keira Knightley e James McAvoy já dispensam apresentações e proporcionam a esta produção o brilho e qualidade de que necessitava para se destacar como o faz - 7 nomeações para os Óscares. Mas nunca poderia escrever um comentário sobre este filme sem fazer referência à personagem Briony Tallis, em ambas as suas interpretações, a de 13 anos de idade, brilhantemente desempenhada pela jovem Saoirse Ronan, nomeada para o Óscar de melhor actriz secundária e, sem dúvida, um nome a ter em conta no futuro, e a Briony com 18 anos, já de certo modo conhecida do grande ecrã do filme Dirty Dancing 2: Havana Nights - Romola Garai. Não podendo esquecer a presença da incontornável Vanessa Redgrave que faz a sua aparição como a Briony já idosa.
Sem querer penetrar na história de modo a não revelar nenhuma das várias surpresas e das voltas que este filme proporciona ao espectador, quero destacar e louvar a construção desse mesmo enredo, muito bem concebido e bastante intenso, que nos premeia com um filme absolutamente apoteótico e surpreendente.

Contudo, cabe-me deixar uma ressalva negativa em relação a algo, de certa forma, extra-produção mas que pode prejudicar o filme, refiro-me à legendagem\tradução, a qual apresenta algumas incongruências e, quando saltamos para o registo francês, falhas gritantes. No entanto, devo felicitar o sucesso em determinas falas, com um feliz tornear de certas dificuldades.

Em todo o caso, é para mim um must see...espero que vejam e que desfrutem tanto quanto eu!



Bem hajam!!!

Um ano de escolhas difíceis em Hollywood.

Após uma bastante agitada e preenchida época de exames, estou de regresso e o cinema é, uma vez mais o meu incentivo para regressar a este meu espaço.

Para todos os apaixonados pela 7ªArte, a cerimónia de entrega dos Óscares é uma boa oportunidade para contactar com certos aspectos desta área que muitas vezes não são do conhecimento mais comum, seja filmes que frequentemente não chegam ao mercado português, seja detalhes menos revelados de determinadas páginas de Hollywood.
Este ano o mundo do cinema começa algo conturbado pela greve dos guionistas, com consequências já visíveis, e que promete ser para durar. Os Globos de Ouro do presente ano não mais foram do que uma conferência de imprensa sem direito a questões numa sala de espectáculos, esperemos que o mesmo não suceda com os Óscares 2008.

Bem, mas este meu texto serve apenas o propósito de deixar aos mais distraídos a lista oficial dos nomeados para a estatueta dourada, a qual apresento seguidamente:

A.S.: clicando em cada nome serão redireccionados directamente para o sítio ofocial da Academia podem encontrar mais informações, incluindo trailers.

Actor Principal
George Clooney (Michael Clayton)
Daniel Day-Lewis (There Will Be Blood)
Johnny Depp (Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street)
Tommy Lee Jones (In the Valley of Elah)
Viggo Mortensen (Eastern Promises)

Actor Secundário
Casey Affleck (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford)
Javier Bardem (No Country for Old Men)
Philip Seymour Hoffman (Charlie Wilson's War)
Hal Holbrook (Into the Wild)
Tom Wilkinson (Michael Clayton)

Actriz Principal
Cate Blanchett (Elizabeth: The Golden Age)
Julie Christie (Away From Her)
Marion Cotillard (La Vie en Rose)
Laura Linney (The Savages)
Ellen Page (Juno)

Actriz Secundária
Cate Blanchett (I'm Not There)
Ruby Dee (American Gangster)
Saoirse Ronan (Atonement)
Amy Ryan (Gone Baby Gone)
Tilda Swinton (Michael Clayton)

Filme de Animação
Persepolis
Ratatouille
Surf's Up

Direcção Artística
American Gangster
Atonement
The Golden Compass
Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street
There Will Be Blood

Cinematografia
The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Atonement
The Diving Bell and the Butterfly
No Country for Old Men
There Will Be Blood

Guarda-Roupa
Across the Universe
Atonement
Elizabeth: The Golden Age
La Vie en Rose
Sweeney Todd The Demon Barber of Fleet Street

Realização
The Diving Bell and the Butterfly
Juno
Michael Clayton
No Country for Old Men
There Will Be Blood

Documentário
No End In Sight
Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience
Sicko
Taxi to the Dark Side
War/Dance

Documentário em Curta-Metragem
Freeheld
La Corona (The Crown)
Salim Baba
Sari's Mother

Montagem
The Bourne Ultimatum
The Diving Bell and the Butterfly
Into the Wild
No Country for Old Men
There Will Be Blood

Filme em Língua Estrangeira
Beaufort
The Counterfeiters
Katyn
Mongol
12

Caracterização
La Vie en Rose
Norbit
Pirates of the Caribbean: At World's End

Música (Banda Sonora Original)
Atonement
The Kite Runner
Michael Clayton
Ratatouille
3:10 To Yuma

Música (Canção)
Once
Enchanted
August Rush
Enchanted
Enchanted

Filme
Atonement
Juno
Michael Clayton
No Country for Old Men
There Will Be Blood

Curta-Metragem (Animação)
I Met the Walrus
Madame Tutli-Putli
Même les Pigeons vont au Paradis (Even Pigeons Go To Heaven)
My Love (Moya Lyubov)
Peter & the Wolf

Curta-Metragem
At Night
Il Supplente (The Substitute)
Le Mozart des Pickpockets (The Mozart of Pickpockets)
Tanghi Argentini
The Tonto Woman

Som
The Bourne Ultimatum
No Country for Old Men
Ratatouille
There Will Be Blood
Transformers

Efeitos Sonoros
The Bourne Ultimatum
No Country for Old Men
Ratatouille
3:10 To Yuma
Transformers

Efeitos Visuais
The Golden Compass
Pirates of the Caribbean: At World's End
Transformers

Argumento Adaptado
Atonement
Away From Her
The Diving Bell and the Butterfly
No Country for Old Men
There Will Be Blood

Argumento Original
Juno
Lars and the Real Girl
Michael Clayton
Ratatouille
The Savages





Apesar de surpreendido por algumas inclusões, bem como, por certas ausências, desejo apenas uma cerimónia menos tendenciosa e comercial daquilo a que nos habituaram algumas das anteriores.



Bem hajam!!!


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Gira a Fita em...Jogos de Poder

Após um longo período de um certo marasmo cinematográfico (pelo menos nas escolhas das editoras portuguesas) dou comigo no meio dum dilema...Que filme escolher? Quatro eram as minhas opções e difícil foi a escolha. No final ao sair da escura e familiar sala de cinema, a sensação era óptima, a de uma escolha acertada.

Disfarçadas sob um humor acutilante estão mensagens importantes devemos estar atentos...Charlie Wilson's War - título português "Jogos de Poder".
Através deste filme entramos nos meandros da mais pura política e diplomacia, somos enviados para o âmago dessas áreas que tanto evitamos e, por vezes, tememos mas que aqui encaramos com uma leviandade por vezes necessária para aí penetrar e para perceber sectores-chave como estes na nossa sociedade. Este filme delicia-nos com diálogos plenos de sarcasmo, engrandecidos por um elenco bem a rigor e cujos créditos estão já bem demonstrados. Contudo, é tudo menos uma comédia e transporta consigo lições do nosso passado recente mas que parecem, de certa forma, já esquecidas. Apresenta-nos erros que ainda hoje cometemos. Deveria servir de recado para o futuro.
Creio que este filme pode também para as pessoas da minha geração e para aqueles que já pertencem à seguinte, servir um fundo histórico-cultural, visto abordar duma forma bastante interessante um tema sensível, que ainda marca os nossos dias e o mundo em que vivemos, mas que parece ser cada vez mais negligenciado e a que os nossos manuais escolares não dão a mais adequada atenção...A Guerra Fria. Deixo a cada um a liberdade do ponto de vista, não vou aqui dissertar sobre a parcialidade ou imparcialidade do visão exposta, nem sobre Comunismo e Socialismo, mas não podia deixar de referir que me agradou o lado mais factual do filme e que também deverá ser olhado por esse prismas.
No que ao elenco diz respeito, pouco há a dizer. A dupla Tom Hanks\Julia Roberts demonstra uma compatibilidade bastante boa no ecrã, algo que apreciei bastante. Ambos continuam a demonstrar a sua enormíssima e inquestionável qualidade, demonstrando o porquê da sua, por vezes, longa ausência do Grande Ecrã, qualidade acima de tudo, e este filme apresenta-a. E reforça-a, inclusive, com Philip Seymour Hoffman (Capote ou Magnolia), um actor com uma grande presença em cada personagem que encarna mas com o qual, tendencialmente, o espectador cria uma relação de amor-ódio...um actor carismático mas com algo ainda para dar. Uma referência deverá também que ser feita ao elenco "secundário" com o elenco do Médio Oriente, destacando e homenagiando Om Puri, e ao reciclar de jovens actrizes como Amy Adams (Catch Me If You Can) ou Shiri Appleby ("escondida" por entre séries e conhecida por nós essencialmente por uma delas, Roswell).
Por fim deixo uma última nota (ou melhor, duas) para as imagens de arquivo apresentadas, que como é creditado no final do filme, são fruto de pesquisa e não de concepção em "laboratório"; e a outra nota vai para a banda sonora que não sendo excepcional, também não se trata dum épico que tal exija, mas que acompanha bastante bem o filme, de forma constantemente coerente e equilibrada com a acção a decorrer.

Posto isto, não façam como eu, não adiem escolhas e bons momentos no cinema e se estiverem indecisos, Jogos de Poder será uma boa escolha...isto se não quiserem só puro e barato entretenimento...



Bem hajam!!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aviso aos Navegadores...

Bem, longa foi esta minha ausência e por tal peço desculpa!!

Foi um dos meus votos para 2008 dedicar mais tempo a esta actividade de pensamento, ainda, não alvo de censura de que tanto gosto, por isso, e passando a parte aborrecida das justificações vou ao que "interessa".
Muita era, nestes últimos tempos, a vontade de regressar à livre escrita neste meu espaço e muitos foram, também, os pequenos textos que se foram acumulando e esquecendo em abandonados cantos da minha mente. Sentia a necessidade dum impulso que me fizesse esquecer tudo o que me tem feito distanciar e voltar à escrita...tal aconteceu hoje à noite. Não é segredo a minha paixão pela, dita, 7ª Arte e nada melhor que uma paixão para me dar o impluso de que tanto necessitava...
Agora, "Gira a Fita em..."

Bem hajam