Comprei o bilhete mal abriu a bilheteira. Embebido num espírito de nostalgia entrei na sala de cinema e esperei com alguma ansiedade, enquanto assistia às apresentações de futuros filmes a exibir, pelo início deste filme cujos desenhos animados com o mesmo nome tantas recordações me trazem.
As primeiras cenas da projecção cativaram-me pela sua grandeza a nível militar e toda a parafernália a este ramo aí exposta em tão curto espaço de tempo. Os efeitos especiais (FX) começam a prender os verdadeiros e atentos amantes desta Arte logo desde o início e com o decorrer do filme o espectador tem mesmo de render-se a magnificência dos mesmos tento mais que as cenas são sempre em correlação com o mundo humano e esta proximidade valoriza ainda mais o trabalho dos magos desta área.
Ao olhar para as caras de alguns dos 50 corpos que comigo partilhavam a sala de cinema (nada mau para um dia de semana às 14 horas) percebi que a simbiose Homem-Máquina passava para além do grande ecran e penetrava os olhares.
Com cerca de um terço do filme chegou um dos momentos que, confesso, mais aguardava...a chegada do bom velho Optimus Prime. A entrada em cena desta incontornável personagem da saga Transformers foi bastante bem acompanhada por uma muito equilibrada e enquadrada banda sonora que atribuía magnitude a todo o tipo de momentos que este filme nos proporciona - euforia, romance, adrenalina, comoção...
No campo das representações deixo desde já uma nota prévia de desagrado para a personagem do pequeno robot que me pareceu exageradamente patético apesar de ter um final bastante humorístico. Bem, depois de filmes como Pearl Harbor, Enemy of the State ou The Manchurian Candidate, é-nos apresentado um Jon Voight, uma vez mais, em papéis de chefia estatal (que aliás lhe assentam bastante bem), neste caso como Secretário da Defesa Norte Americana. John Turturro surge com um papel diferente do seu habitual, uma espécie de durão que é "amansado" e que não consegue fugir a uma certa comicidade. É na ala dos mais jovens que surgem algumas surpresas que posso considerar agradáveis: as duas meninas parecem conseguir juntar, ainda que tenham margem para melhorar, a beleza de que, irrefutavelmente, dispõem a atributos de representação e a sua juventude prová-lo-á a longo prazo. Quanto a Shia LaBoeuf, a sua cara já tem mais exposição no grande ecran, tendo recentemente participado no filme Bobby, mas como foi a primeira experiência que tive com este jovem actor, qualificá-la-ia, igualmente, de uma agradável surpresa.
Uma nota para a equipa de produção liderada por nomes inquestionáveis como: Michael Bay (Pearl Harbor, The Rock, The Island ou Armageddon) ou Steven Spielberg (que dispensa uma pequena e difícil amostra do currículo).
Contas feitas, a desilusão que temia após o trailer a que assisti não se confirmou e em vez disso tive uma surpreendente felicidade, o mito da minha infância permanece intocado e aliado a isso consegui juntar uma boa experiência cinematográfica.
Uma vez mais tenho de deixar aqui os meus parabéns à malta de FX da LucasArts (que para os mais atentos se depreende logo pelos efeitos sonoros, qual Star Wars).
É para todos os verdadeiros fans um absoluto must see e um filme que irá surpreender todos os outros desde que entrem na sala de cinema com o espirito aberto a serem surpreendidos e não como se tivessem sido arrastados para ela.
Bem hajam!!!
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