Uma delícia...
Foi esta a palavra que me ocorreu para classificar este filme quando comecei a ler os primeiros nomes contidos nos créditos finais.
Numa pacata cidade do Mid-West dos Estados Unidos e num dia de maior apatia ou por pura curiosidade, a jovem Juno (Ellen Page) decide ter relações com o seu amigo Paulie Bleeker (Michael Cera). O resultado, contudo, não foi o esperado e Juno depara-se com uma gravidez não planeada.
Mas esta jovem bastante irreverente vai, fiel a si-mesma, tomar uma decisão igualmente irreverente em relação à sua situação. Apoiada pela sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), decide procurar uma família de adopção à qual entregar o seu bebé após o nascimento. O seu pai (J.K.Simmons) e a sua madrasta (Allison Janney) serão bastante compreensivos e ajudarão da melhor forma possível.
Juno pensa ter encontrado o casal perfeito, Mark (Jason Bateman) e Vanessa (Jennifer Garner). Há medida que o tempo vai passando, Juno cria fortes laços de afectividade com Mark, algo que incomoda Vanessa. Mas o final surpreende o espectador, já apaixonado pela excentricidade e ternura da personagem principal, o qual descobre com Juno o valor da maternidade, mesmo quando não a achamos possível, e a doçura do nosso amor de escola.
Não me adenso muito no levantar do véu do enredo pois desejo que tenham curiosidade para ir ver este filme a uma qualquer sala. Tem a sua estreia em Portugal marcada para o dia 21 de Fevereiro, sendo a noite de atribuição dos Óscares no dia 24.
Candidato a 4 estatuetas douradas, Juno parece-me ter argumentos para lutar pela vitória em qualquer uma delas: Melhor Guião Original, Melhor Realização e Melhor Filme parecem ser, no entanto, as "mais acessíveis", visto estar, igualmente, candidato ao Óscar de Melhor Actriz com a jovem Ellen Page, e o factor hetário já provou por várias vezes ser decisivo em Hollywood, a favor dos mais velhor e\ou experimentados nestas andanças do cinema, e as adversárias são, de facto, de peso - Cate Blanchett, Julie Christie, Marion Cotillard e Laura Linney.
Em todo o caso as atribuições dos Óscares são muitas vezes injustas e surpreendentes (nem sempre pela positiva) mas espero que não seja o caso para este filme que merece o seu valor reconhecido e premiado.
Bem hajam!!!
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