Primeiro que tudo, quero apenas clarificar que desta vez coloquei o título do filme na sua versão original porque não concordo com a versão escolhida pela editora responsável pela sua distribuição no nosso país. Este filme chegará ás salas de cinema nacionais com o título "Vista pela última vez...".
Apesar de não apreciar propriamente os dotes de Ben Affleck para a representação, este parece ser um espécie de pau para todas as serventias, visto ter já composto bandas sonoras e, neste caso, ter escrito o guião e ter realizado este filme e de uma forma, devo dizer, bem conseguida.
Gone Baby Gone é uma que consegue perturbar. Diz-se que aproveita um pouco do balanço do mediático caso "Maddie" e que com ele partilha semelhanças. Essa não é a minha opinião, pois não se sabendo os contornos do caso ocorrido no nosso país, vejo como únicas semelhanças, a aparência de Amanda (a menina raptada neste filme) com Madeleine e a própria temática central; mas, igualmente, desconheço o impacto do caso da menina inglesa nos Estados Unidos.
Fora estas insinuações, que nada mais fazem se não ajudar à publicidade desta produção, pretendo cingir-me apenas ao comentário cinematográfico.
Casey Affleck, escolhido ou não pelo facto de o seu irmão ser o realizador, desempenha um papel como poderei qualificar como imaculado, não assumindo um grande brilho, também nada de negativo se lhe poderá ser apontado, num ano que não está a correr nada mal e que pode ser de projecção - nomeado para o Óscar de melhor actor secundário com o filme The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford. Discreta é a participação de Michelle Monaghan como actriz principal, sendo sobressai um pouco no final da história. Contudo, a juventude dos protagonistas é compensada pelas prestações de Ed Harris e o prazer da presença de Morgan Freeman, que certamente algo terão emprestado ao sucesso desta película. Uma nota de destaque vai, no entanto, para Amy Ryan que desempenha um papel que transfigura a imagem que temos dela de filmes como Capote ou The War of the Worlds, e que lhe vale a nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária, apesar de talvez não ser suficiente para levar a estatueta para casa (veremos...).
Esta produção não se destaca por muito mais coisas, mas creio que poderei deixar uma palavra para a forma como a história recebe um impulso no momento em que uma primeira fase se resolve e o espectador começa a perguntar-se o que se irá passar, que volta se irá verificar quando ainda falta tanto para o final do filme e tudo parece já estar resolvido...
Com esta interrogação deixo um aperitivo em jeito de chamamento para que vão ao cinema e vejam esta história, que pensem realmente nela, no quão recorrente é no nosso mundo e na participação que todos poderemos e devemos ter para ajudar a tudo melhorar.
Bem hajam!!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário