quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Parque Jurássico?!
Os cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, Webb Miller e Stephan Schuster, reconstituíram o genoma do mamute (Mammuthus primigenius). Este é primeiro animal já extinto a ter o seu mapa genético desvendado.
Para a realização deste trabalho em muito contribuiu o facto de ter sido utilizado como base para pesquisa o corpo integral de um mamute encontrado congelado ao fim de milhares de anos e em condições incrivelmente boas, o que permitiu que se pudesse ter o pêlo de mamute e não apenas o seu esqueleto, visto o ADN capilar ser mais resistente a uma possível contaminação pelo ADN de bactérias ou fungos, e resistir igualmente melhor às agressões inerentes à passagem do tempo.
Descodificado o genoma do mamute, o mundo científico começa já a levantar possibilidades e a divagar sobre a possibilidade de ressuscitar este gigante lanudo. Qual Parque Jurássico de Michael Crichton, a comunidade científica fervilha com essa hipótese mas com uma perfeita consciência da realidade presente, os próprios empolgados cientistas são os primeiros a reconhecer que no momento presente tal não é ainda possível dada a complexidade de semelhante processo. Segundo o especialista Henry Nicholls, em entrevista que pode ser lida na revista Nature, tal processo requereria um elevado domínio das várias etapas da "ressuscitação", como a definição dos genes a usar, a busca de um ovócito compatível (sendo o de elefante a escolha mais natural) ou a transferência do embrião para uma "barriguinha de aluguer".
Certo parece ser que levar a termo um semelhante processo poderá revelar descobertas que permitiram fazer enormes progressos em várias áreas da medicina humana e animal, e ciência me geral, passando desde a descodificação de outros genomas animais, a maior exploração de áreas tão controversas como a clonagem, ou até o prolongamento da vida humana...
Questões ético-científicas à parte, podemos, claro, por uma lado sonhar com uma terra habitada por tais gigantes (enquanto forem vegetarianos!!!), mas também pensar, qual pedido de desculpa à Natureza, em repor neste nosso planeta determinadas espécies que "fizemos o favor" de extinguir...contudo, talvez espécies mais próximas cronologicamente do nosso tempo.
P.S.: Para informações com maior detalhe e rigor científico - http://www.nature.com/news/2008/081119/full/456310a.html.
Bem hajam!!!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Passando a batata quente...
Já é uma característica bem portuguesa, sempre que algo acontece envolvendo duas partes e o prejuízo de uma terceira e consequente necessidade de responsabilizar alguém, a culpa é sempre "do outro".
Tal foi o que sucedeu, desta feita, no dia internacional do antibiótico. Os farmacêuticos dizem que a culpa é dos médicos pois prescrevem este tipo de fármaco indiscriminadamente e por vezes escusadamente. Os médicos, por seu lado, afirmam que a culpa é dos farmacêuticos pois estes vendem antibióticos de uma forma demasiado leviana, pois lembremos que alguns antibióticos podem ser vendidos sem prescrição médica.
Contudo, como sempre acontece, existe um terceiro elemento nesta discussão - todos nós. Certeza temos que as pessoas estão cada vez mais frágeis e os vírus cada vez mais resistentes aos nossos antibióticos comuns, e tudo o que menos queremos saber é de quem é a culpa, pois nunca morre solteira, o que desejávamos (lá volto eu a pensamentos utópicos) era que ambas as partes assumissem a sua culpa, incluindo nós doentes que compramos antibióticos por uma pequena dor de cabeça, e juntos procurassem solucionar o problema, receitando menos e controlando mais. E já de agora, uns cházinhos com mel e um diazinho em casa ajudam muitas vezes e resolvem frequentemente o problema. E o que aconteceu às canjinhas das mães/avós?!
Bem hajam!!!
Parabéns ao Ratinho!!!
Não me querendo aqui alongar em questões éticas sobre marketing ou capitalismo, quero apenas congratular os 80 anos de vida do Rato Mickey, cujo primeiro vídeo foi emitido a 18 de Novembro de 1928 e que desde então tem vindo a encher muitas crianças (e crianças grandes) de sorrisos e alegria e aberto as portas para um mundo repleto de fantasia e emoção.
Todos vimos já alguma vez na nossa vida um vídeo deste rato criado pelo senhor Walt Disney e ninguém pode negar o papel lúdico e instrutivo que cada uma das suas pequenas aventuras comporta. A mim marcou-me, bem como a muitos outros da minha e de gerações anteriores.
Que a sua magia e ternura continuem a ser espalhadas por muitos mais anos e que os pais de hoje não o esqueçam e o mostrem aos seus filhos, nem que seja nos seus velhos VHS a preto e branco!
Bem hajam!!!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Oposição?!...Laranja não parece ser certamente.
Ora numa altura em que, não nos iludamos, grande parte das decisões políticas são já tomadas com os olhos postos nas eleições do próximo ano, que mais poderia desejar o partido do Governo do que uma oposição que se automutila. Pois tal foi é o que sucede no maior partido da oposição, a líder do PSD já nos tem vindo a habituar a exibições que apenas a enfraquecem e que a tornam a sua própria inimiga, contudo, Manuela Ferreira Leite deu hoje um golpe duríssimo na sua já muito fragilizada imagem, e desta feita não se limitou a "apenas" se mutilar, auto-infligindo um golpe bastante profundo.
O que pode o país esperar de uma líder de um partido político nacional que vem publicamente dizer que para "pôr tudo em ordem" voltaríamos a um regime de...Ditadura, ou antes "seis meses sem Democracia"? Eu sei que sou jovem e não vivi, felizmente, esses dias, mas terá esta senhora assim uma memória e cultura política tão curtas? E será que estamos tão cegos, surdos e descontentes a ponto de votar num candidato que afirma que para se reformar não pode viver em Democracia? Afinal em que acreditamos?! E porque se lutou durante anos se, afinal, é voltando ao temido e marcante passado que se reforma e muda?!
Obviamente, que quero acreditar que estas afirmações não passaram de mais uma infelicidade desta vez pautada pelo tom da ironia, contudo o discurso de Manuela Ferreira Leite fica marcado por uma grande dose de ambiguidade que faz os mais cépticos duvidar dessa mesma ironização. Ao invocar o fim da Democracia (ainda que em espaços de...6 meses), a líder do PSD não se pode esquecer ainda muitos portugueses, sobretudo da sua geração, vivem ainda com o estigma de uma longa e castigadora Ditadura.
Gostava ainda de saber porque continuam as declarações de Ferreira Leite a ser apelidadas de "gafes"? Quando a própria afirma ter sido um comentário irónico, questiono uma vez mais - a ironia não é algo premeditado e voluntário?
Para bem do país e da sua política, esperemos que "os laranjas" ainda reconsiderem a sua liderança em prol de um concreto debate e luta política aquando dos desafios políticos que esperam o país para o ano. Ou que, acredito eu utopicamente, apesar de líder do PSD, Manuela Ferreira Leite nomeie outro elemento do partido como candidato a São Bento.
Bem hajam!!!
O que pode o país esperar de uma líder de um partido político nacional que vem publicamente dizer que para "pôr tudo em ordem" voltaríamos a um regime de...Ditadura, ou antes "seis meses sem Democracia"? Eu sei que sou jovem e não vivi, felizmente, esses dias, mas terá esta senhora assim uma memória e cultura política tão curtas? E será que estamos tão cegos, surdos e descontentes a ponto de votar num candidato que afirma que para se reformar não pode viver em Democracia? Afinal em que acreditamos?! E porque se lutou durante anos se, afinal, é voltando ao temido e marcante passado que se reforma e muda?!
Obviamente, que quero acreditar que estas afirmações não passaram de mais uma infelicidade desta vez pautada pelo tom da ironia, contudo o discurso de Manuela Ferreira Leite fica marcado por uma grande dose de ambiguidade que faz os mais cépticos duvidar dessa mesma ironização. Ao invocar o fim da Democracia (ainda que em espaços de...6 meses), a líder do PSD não se pode esquecer ainda muitos portugueses, sobretudo da sua geração, vivem ainda com o estigma de uma longa e castigadora Ditadura.
Gostava ainda de saber porque continuam as declarações de Ferreira Leite a ser apelidadas de "gafes"? Quando a própria afirma ter sido um comentário irónico, questiono uma vez mais - a ironia não é algo premeditado e voluntário?
Para bem do país e da sua política, esperemos que "os laranjas" ainda reconsiderem a sua liderança em prol de um concreto debate e luta política aquando dos desafios políticos que esperam o país para o ano. Ou que, acredito eu utopicamente, apesar de líder do PSD, Manuela Ferreira Leite nomeie outro elemento do partido como candidato a São Bento.
Bem hajam!!!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Porque a humanidade não deve esquecer os seus erros...
Comemoram-se hoje os 90 anos da assinatura do Armistício entre as Forças Aliadas e a Alemanha que marcou simbolicamente o final da I Grande Guerra Mundial.
O Armistício foi assinado à "11ª hora do 11º dia do 11º mês" e este momento é, hoje, assinalado em muitas partes do mundo através da realização de 2 minutos de silêncio às 11 horas da manhã, homenageando as cerca de 20 milhões de vidas perdidas nesse conflito.
Por todo o mundo, nomeadamente anglófono, é frequente verem-se nesta data papoilas vermelhas (em papel, plástico ou verdadeiras) como símbolo e homenagem aos veteranos da I Grande Guerra. A escolha desta flor advém do facto de a papoila vermelha ser abundante por toda a região da Flandres, zona onde se travaram algumas das mais duras batalhas, e por nesses tão fustigados terrenos essa ser quase a única flora que conseguia crescer e, até, prosperar.
Bem hajam!!!
O Armistício foi assinado à "11ª hora do 11º dia do 11º mês" e este momento é, hoje, assinalado em muitas partes do mundo através da realização de 2 minutos de silêncio às 11 horas da manhã, homenageando as cerca de 20 milhões de vidas perdidas nesse conflito.
Por todo o mundo, nomeadamente anglófono, é frequente verem-se nesta data papoilas vermelhas (em papel, plástico ou verdadeiras) como símbolo e homenagem aos veteranos da I Grande Guerra. A escolha desta flor advém do facto de a papoila vermelha ser abundante por toda a região da Flandres, zona onde se travaram algumas das mais duras batalhas, e por nesses tão fustigados terrenos essa ser quase a única flora que conseguia crescer e, até, prosperar.
Bem hajam!!!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Assim é que deveria ser...mais vezes
Devo confessar que a minha paixão pelo denominado desporto-rei tem vindo a diminuir por variadíssimas razões. Contudo, são momentos como o vivido no jogo entre o Real Madrid e a Juventus no passado dia 5 de Novembro que me fazem manter algum gosto por este desporto. Apesar de não ter especial carinho pelo clube madrileno, tenho uma afinidade especial pelo clube de Turim e uma enorme admiração pelo profissional e homem que é Alessandro del Piero e foi com grande emoção e orgulho que assisti a uma mostra de reconhecimento da brilhante carreira deste fantástico atleta por parte de todo o estádio Santiago Bernabéu, mais um grande momento para del Piero - ser ovacionada num estádio como o do Real Madrid, quando não se é dessa mesma equipa e quando o jogador em questão marcou três dos quatro golos que em dois jogos entre ambas as equipas deixaram o saldo em 4-1 para a Juventus, semelhante atitude e admiração não está ao alcance de qualquer jogador. Mas se tal acontecesse no Delle Alpi com Raúl seria igulamente merecido.
Bravo Alessandro del Piero!!!
Bem hajam!!!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Um presidente "diferente"
Barack Obama é o 44º Presidente dos Estados Unidos da América.
A eleição do "magricela" é uma vitória sobre diversos preconceitos e ideologias profundamente enraizados na sociedade estado-unidense, personificando o triunfo de lutas centenárias que muitos acreditavam não poderem ainda ser resolvidas, simbolizando para muitos a esperança e crença numa sociedade melhor e mais justa. Mas, como referiu Obama no seu discurso de reconhecimento dos resultados, "A América é um sítio onde tudo é possível" e este é o momento da tão apregoada mudança defendida por este candidato nos seus discursos de campanha, os Estados Unidos precisam dessa mudança, e o mundo também.
Contudo, não devemos esperar milagres e exigir impossíveis que roçam o utópico, nem ser completamente pessimistas e destrutivos, devemos, sim, não esquecer que Barack Obama é o Presidente dos Estados Unidos e que vai governar esse mesmo país e para os seus cidadãos e eleitores, não nos iludamos.
Devemos agora esperar por Janeiro (apenas em 2009 tomará posse) e começar a estar a atentos aos sinais que possam ir surgindo de para onde se dirigirá, de facto, a política dos EUA, nomeadamente a nível externo. O mundo precisa de se unir cada vez mais e não de parecer uma regata em que cada barco rema para seu lado, e numa altura tão delicada como esta, é importante e com bons olhos que vejo um presidente ser eleito e congratulado pela comunidade internacional de forma tão generalizada e, aparentemente, tão sincera e por países que não o haviam feito na ocasião anterior.
O importante para o mundo que existe fora das fronteiras dos EUA não é a cor partidária do presidente, o seu aspecto físico ou a sua raça, mas sim o seu carisma, valores e políticas nomeadamente económicas, bélicas, ambientais e a sua atenção e defesa dos direitos e liberdades de todo e qualquer ser humano.
Quero, para terminar, deixar uma palavra de reconhecimento à humildade e grandeza demonstradas por McCain no seu discurso, reconhecendo não apenas a sua derrota mas acima de tudo a vitória do seu adversário e o seu pedido emotivo de união de todos e o apoio dos "seus" ao novo presidente, Barack Obama.
Despeço-me com uma frase que ouvi da boca de um cidadão estado-unidense após conhecer os resultados das eleições:
"Let us forget about Blue States or Red States and concentrate on the United States".
Bem hajam!!!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Gira a Fita em...Sugestões da semana
Alterando um pouco o formato desta minha rubrica, aqui ficam algumas sugestões para ver no escuro conforto de uma sala de cinema próxima de si.
Começo com uma sugestão na língua de Camões para tentar não correr o risco de que quem ler este meu texto não o faça até ao fim e porque acho que devemos dar preponderância ao que é nosso, especialmente quando é bom. Tal é o caso do filme da dupla Tiago Guedes / Frederico Serra, Entre os dedos. Esta película retrata a história de um punhado de pessoas tão comuns como qualquer um de nós e a sua luta e drama diários contra a vida e todas as suas adversidades. Enquanto algumas pessoas se resignam e desistem de lutar, outras dão a cara à luta e usam das armas de que dispõem. Paulo (Filipe Duarte) é uma dessas pessoas, perdeu o seu emprego na construção civil após a obra em que trabalhava ter sofrido uma derrocada e ter denunciado a situação, sendo a sua vida que agora está em plena derrocada a cada dia que passa...Um drama assinado pelo jornalista e romancista Rodrigo Guedes de Carvalho e protagonizado por, entre outros, Filipe Duarte, Isabel Abreu, Gonçalo Waddington, Lavínia Moreira e Nuria Mencía.
A não deixar escapar por "entre os dedos".
Apesar de ser suspeito por admirar bastante o actor John Cusack, War,inc (Guerra, S.A.), é outra das minhas sugestões. Trata-se de uma sátira política que vem de uma forma humorística e descontraída colocar o dedo em feridas por sarar e verdades que incomodam - vai-se lá saber onde terão os guionistas ido encontrar a sua inspiração.
O protagonista é Brand Hauser (John Cusack), um assassino contratado para matar um ministro do Médio-Oriente devido a problemáticas inerentes, uma vez mais, ao ouro negro. Com as participações femininas de Hillary Duff e da deslumbrante Marisa Tomei e ainda com a presença de outro actor de que gosto particularmente, Sir Ben Kingsley, Guerra, S.A., é um filme a não perder mas a ver com um olhar atento e mente a trabalhar, pois a brincar dizem-se muita verdades sobre este nosso mundo.
A temática das novas tecnologias e seu impacto nas nossas vidas está na base das minhas próximas duas sugestões:
Eagle Eye (Olhos de Lince) confirma o actor Shia LaBeouf como um actor a ter em conta no futuro (tal como havia afirmado no meu post sobre o filme Transformers) e demonstra o paulatino crescimento de Michelle Monaghan. Estes dois actores encarnam duas personagens que não se conheciam e que se vêem envolvidos num autêntico jogo em que são totalmente controlados. Contactados e ameaçados por um telefonema de uma mulher que ambos desconhecem, Jerry e Rachel encontram-se envolvidos em situações de enorme risco enquanto são controlados pela misteriosa personagem que segue e antecipa todos os seus movimentos monitorizando e controlando todas as ferramentas tecnológicas que de forma mais ou menos inocente vão utilizando para tentar escapar a esta ameaça invisível.
Este filme levanta questões relacionadas com a nossa privacidade e liberdade, se é que de tal ainda gozamos, e com a intrusão de toda a tecnologia que nos rodeia nas nossas vidas e a forma como somos por ela controlados.
Untraceable (Indetectável) é um thriller inteligente e audaz que explora a temática da criminalidade cibernética mas dando um passo um pouco mais além, revelando-nos uma realidade perturbadora mas que poderá não estar, infelizmente, assim tão distante de nós quanto poderemos pensar.
Um jogo do gato e do rato entre a agente do FBI Jennifer Marsh (Diane Lane), e a sua equipa, e um assassino em série que emite via Internet através de um sítio indetectável videos das suas vítimas, cujo processo de assassínio é acelerado com o aumento de visitantes da sua página pessoal - killwithme.com. A trama adensa-se e torna-se pessoal para Jennifer quando é a sua própria vida que fica em jogo.
E para dar alguma música a um qualquer serão, mais duas sugestões: Mamma Mia e High School Musical 3.
Longe de ser o meu género de filme preferido, estes dois musicais merecem o meu destaque por razões diferentes. Enquanto a minha ida ao cinema para ver Mamma Mia se deveu ao facto de a banda sueca Abba ter sido contemporânea da juventude da minha mãe e por tal ter acedido ao seu convite para ver este filme, devo assumir que me surpreendeu pela positiva. É inquestionável a invejável qualidade do elenco desta película, com nomes como Meryl Streep, Pierce Brosnan, Coilin Firth, Stellan Skarsgȧrd e a agradabilíssima surpresa, Amanda Seyfried. Contudo, tenho de realçar um fantástico trabalho de produção envolvido neste filme, desde os esplendorosos cenários à brilhante adaptação das músicas ao guião, sem poder esquecer a revelação que foi, para mim, o talento vocal demonstrado por elenco não habitualmente visto por estas andanças. Ficou-me na retina e por tal chamo a atenção para a cena passada na o telhado da "casa das cabras" que me impressionou pela positiva, essencialmente pela forma e vivacidade apresentadas pela menina de quase 60 anos de idade, Meryl Streep, sem dúvida a energia e luz deste filme.
A trilogia High School Musical merece indubitavelmente culminar no grande ecrã. O reconhecimento do enorme empenho e do muito trabalho e dedicação de toda a equipa que levou até uma geração mais nova daquela de Fame um filme musical inspirador e uma mostra de como muita coisa poderia e deveria ser na juventude desta nossa sociedade. O sub-título deste terceiro capítulo é Senior Year ( O último ano) e marca o fim de um capítulo nas vidas dos jovens protagonistas. Devo confessar que pouco vi dos dois anteriores filmes mas após ter ouvido as palavras de alguns dos elementos que compõem a equipa de produção achei que merecia algumas palavras de apreço e incentivo, visto pretender incutir princípios positivos numa geração adolescente que de tal tem um enorme défice. Os protagonistas pretendem transmitir a ideia de que vale a pena ter sonhos e lutar, de forma sincera e honesta, por eles, acreditar que tudo é possível desde que se tenha vontade e acreditemos em nós mesmos, e passando essa mesma mensagem para o campo do amor, pois o primeiro beijo entre os protagonistas Troy e Gabriella surge apenas neste terceiro filme após dois outros de paixão e romance.
Convidem os vossos amigos, pais ou caras-metades e vão ver este filme, esqueçam aquele filme de tiros e explosões ou aquele romance igual a todos os outros e aprendam algo sobre amizade pura, amor genuíno e alegria de viver com High School Musical 3: O Último Ano - p.s.: façam como eu e vejam os primeiros dois capítulos antes, para quem franze o nariz ao género (como eu), demoramos a entrar no estilo mas depois até é agradável.
Bons filmes e bem hajam!!!
Começo com uma sugestão na língua de Camões para tentar não correr o risco de que quem ler este meu texto não o faça até ao fim e porque acho que devemos dar preponderância ao que é nosso, especialmente quando é bom. Tal é o caso do filme da dupla Tiago Guedes / Frederico Serra, Entre os dedos. Esta película retrata a história de um punhado de pessoas tão comuns como qualquer um de nós e a sua luta e drama diários contra a vida e todas as suas adversidades. Enquanto algumas pessoas se resignam e desistem de lutar, outras dão a cara à luta e usam das armas de que dispõem. Paulo (Filipe Duarte) é uma dessas pessoas, perdeu o seu emprego na construção civil após a obra em que trabalhava ter sofrido uma derrocada e ter denunciado a situação, sendo a sua vida que agora está em plena derrocada a cada dia que passa...Um drama assinado pelo jornalista e romancista Rodrigo Guedes de Carvalho e protagonizado por, entre outros, Filipe Duarte, Isabel Abreu, Gonçalo Waddington, Lavínia Moreira e Nuria Mencía.
A não deixar escapar por "entre os dedos".
Apesar de ser suspeito por admirar bastante o actor John Cusack, War,inc (Guerra, S.A.), é outra das minhas sugestões. Trata-se de uma sátira política que vem de uma forma humorística e descontraída colocar o dedo em feridas por sarar e verdades que incomodam - vai-se lá saber onde terão os guionistas ido encontrar a sua inspiração.
O protagonista é Brand Hauser (John Cusack), um assassino contratado para matar um ministro do Médio-Oriente devido a problemáticas inerentes, uma vez mais, ao ouro negro. Com as participações femininas de Hillary Duff e da deslumbrante Marisa Tomei e ainda com a presença de outro actor de que gosto particularmente, Sir Ben Kingsley, Guerra, S.A., é um filme a não perder mas a ver com um olhar atento e mente a trabalhar, pois a brincar dizem-se muita verdades sobre este nosso mundo.
A temática das novas tecnologias e seu impacto nas nossas vidas está na base das minhas próximas duas sugestões:
Eagle Eye (Olhos de Lince) confirma o actor Shia LaBeouf como um actor a ter em conta no futuro (tal como havia afirmado no meu post sobre o filme Transformers) e demonstra o paulatino crescimento de Michelle Monaghan. Estes dois actores encarnam duas personagens que não se conheciam e que se vêem envolvidos num autêntico jogo em que são totalmente controlados. Contactados e ameaçados por um telefonema de uma mulher que ambos desconhecem, Jerry e Rachel encontram-se envolvidos em situações de enorme risco enquanto são controlados pela misteriosa personagem que segue e antecipa todos os seus movimentos monitorizando e controlando todas as ferramentas tecnológicas que de forma mais ou menos inocente vão utilizando para tentar escapar a esta ameaça invisível.
Este filme levanta questões relacionadas com a nossa privacidade e liberdade, se é que de tal ainda gozamos, e com a intrusão de toda a tecnologia que nos rodeia nas nossas vidas e a forma como somos por ela controlados.
Untraceable (Indetectável) é um thriller inteligente e audaz que explora a temática da criminalidade cibernética mas dando um passo um pouco mais além, revelando-nos uma realidade perturbadora mas que poderá não estar, infelizmente, assim tão distante de nós quanto poderemos pensar.
Um jogo do gato e do rato entre a agente do FBI Jennifer Marsh (Diane Lane), e a sua equipa, e um assassino em série que emite via Internet através de um sítio indetectável videos das suas vítimas, cujo processo de assassínio é acelerado com o aumento de visitantes da sua página pessoal - killwithme.com. A trama adensa-se e torna-se pessoal para Jennifer quando é a sua própria vida que fica em jogo.
E para dar alguma música a um qualquer serão, mais duas sugestões: Mamma Mia e High School Musical 3.
Longe de ser o meu género de filme preferido, estes dois musicais merecem o meu destaque por razões diferentes. Enquanto a minha ida ao cinema para ver Mamma Mia se deveu ao facto de a banda sueca Abba ter sido contemporânea da juventude da minha mãe e por tal ter acedido ao seu convite para ver este filme, devo assumir que me surpreendeu pela positiva. É inquestionável a invejável qualidade do elenco desta película, com nomes como Meryl Streep, Pierce Brosnan, Coilin Firth, Stellan Skarsgȧrd e a agradabilíssima surpresa, Amanda Seyfried. Contudo, tenho de realçar um fantástico trabalho de produção envolvido neste filme, desde os esplendorosos cenários à brilhante adaptação das músicas ao guião, sem poder esquecer a revelação que foi, para mim, o talento vocal demonstrado por elenco não habitualmente visto por estas andanças. Ficou-me na retina e por tal chamo a atenção para a cena passada na o telhado da "casa das cabras" que me impressionou pela positiva, essencialmente pela forma e vivacidade apresentadas pela menina de quase 60 anos de idade, Meryl Streep, sem dúvida a energia e luz deste filme.
A trilogia High School Musical merece indubitavelmente culminar no grande ecrã. O reconhecimento do enorme empenho e do muito trabalho e dedicação de toda a equipa que levou até uma geração mais nova daquela de Fame um filme musical inspirador e uma mostra de como muita coisa poderia e deveria ser na juventude desta nossa sociedade. O sub-título deste terceiro capítulo é Senior Year ( O último ano) e marca o fim de um capítulo nas vidas dos jovens protagonistas. Devo confessar que pouco vi dos dois anteriores filmes mas após ter ouvido as palavras de alguns dos elementos que compõem a equipa de produção achei que merecia algumas palavras de apreço e incentivo, visto pretender incutir princípios positivos numa geração adolescente que de tal tem um enorme défice. Os protagonistas pretendem transmitir a ideia de que vale a pena ter sonhos e lutar, de forma sincera e honesta, por eles, acreditar que tudo é possível desde que se tenha vontade e acreditemos em nós mesmos, e passando essa mesma mensagem para o campo do amor, pois o primeiro beijo entre os protagonistas Troy e Gabriella surge apenas neste terceiro filme após dois outros de paixão e romance.
Convidem os vossos amigos, pais ou caras-metades e vão ver este filme, esqueçam aquele filme de tiros e explosões ou aquele romance igual a todos os outros e aprendam algo sobre amizade pura, amor genuíno e alegria de viver com High School Musical 3: O Último Ano - p.s.: façam como eu e vejam os primeiros dois capítulos antes, para quem franze o nariz ao género (como eu), demoramos a entrar no estilo mas depois até é agradável.
Bons filmes e bem hajam!!!
Os Estados Unidos (feliz ou infelizmente) és tu, sou eu, somos todos nós...
Aproveitando uma "pausa" concedida no meu laborioso, mas aprazível, estágio, retomo alguns pequenos deleites que tanto aprecio. Retomar a escrita neste meu espaço acompanhado por um quente café e uma iguaria da doçaria da minha região - uma Queijada de Tentúgal - enquanto a chuva cai lá fora...
Quase dois anos decorreram (21 meses para ser mais correcto) desde o início da campanha política para a Casa Branca, a qual terá hoje o seu término. Após lutas intra-partidárias que duraram cerca de uma ano, outro tanto se passou em lutas inter-partidárias entre Republicanos e Democratas, McCain e Obama, Palin e Byden, sendo hoje o dia da decisão final.
Durante todos estes meses, a importância e visível impacto futuro desta eleição foi ganhando preponderância nos nossos quotidianos. Várias vezes ouvi de amigos e desconhecidos o discurso da alienação e distanciamento - "Porque temos de estar a ouvir isto todos os dias?" ou "O que nos interessa a nós quem é que ganha nos EUA?". Por muito que não me tenham agradado até hoje as políticas estado-unidenses, nada posso por agora dizer quanto a políticas que ainda estão "em gavetas" mas de uma coisa estou certo: Feliz ou infelizmente, os Estados Unidos da América somos todos nós!, se vai ou não mudar. apenas o futuro o dirá mas por ora, devemos encarar o facto de que precisamos que esta enorme potência económica, industrial, militar, etc. tome um rumo pois ainda é ela que está ao leme, para o bem e para o mal.
Nesta linha de que todos nós fazemos, de alguma forma, parte de todo este processo eleitoral, queria aproveitar esta minha janela para o mundo para chamar a vossa atenção para uma curiosa iniciativa levada a cabo por três islandeses que criaram um blogue denominado "If the world could vote?" (Se o mundo pudesse votar?), assente na ideologia de que o impacto desta eleição nos afecta a todos e que todos nela deveríamos poder votar e participar.
Imbuído pelo mesmo espírito dos criadores deste blogue, votei no candidato da minha preferência e fui seguidamente consultar as estatísticas. Após uma análise das proveniência dos votos e suas percentagens por país, algumas coisas coisas curiosas me saltaram à vista. Valendo, obviamente, estes números o que valem, é interessante observar a forma claríssima como McCain é cilindrado por Obama, somando este último mais de 87% dos votos de uma total de 780 mil votantes. contudo, não fiquei satisfeito com esta estatística geral e mergulhei um pouco mais nos resultados desta iniciativa. Primeira curiosidade que tive foi ver quão esmagado seria McCain no país natal do pai de Obama (em 668 votantes, 95% votaram Barack Obama). De seguida percorri o mata com o cursor por alguns países e saltou-me à vista, apesar dos milhões de habitantes, o universo votante e respectivos resultados em países como a Arábia Saudita, o Brasil e o nosso Portugal, pois tendo em conta a nossa dimensão populacional, essa mesma proporção coloca-nos entre os países mais participativos nesta iniciativa, com 41187 participantes, apenas superados pelos EUA e pela Austrália e bem destacados do Reino Unido e do Brasil, e bastante distantes dos valores dos nuestros hermanos ou da França - não sei se por desinteresse dessas mesmas sociedades ou se pelo "banho" que os nossos meios de comunicação nos têm dado nas últimas semanas, mas dá, de facto, que pensar. Por último quero realçar quatro resultados em particular: os países anglófonos (Índia, Austrália, Reino Unido, África do Sul); a indecisão patente nos cerca de mil votantes da Venezuela de Chávez...; o resultado da votação dos quase 95000 canadianos que haviam votado até ao momento em que escrevi este meu post; e o resultado nada surpreendente da pequena República da Macedónia que deu uma clara, e a única, vitória fora de portas a McCain, algo que não acontece por acaso pois, recorde-se, McCain "apoiava" este pequeno país na sua polémica luta pela alteração do seu nome, iniciativa que recebeu forte oposição da Grécia, e uma simples observação dos resultados nesses dois países são, de tal, um claro testemunho.
Já num plano um pouco mais sério e apesar dos "apenas" 252816 participantes dos Estados Unidos, é interessante atentar na percentagem Barack Obama 79,8% - John McCain 20,2% resultante dos votos das poucas pessoas que são, de facto, eleitores...Mais logo já saberemos se apenas os apoiantes de Obama entraram no espírito desta iniciativa e votaram ou se tal amostra reflecte algo dos resultados reais das eleições estado-unidenses à Casa Branca.
Em tom de despedida deixo a hiperligação para o blogue de que falei neste meu post http://iftheworldcouldvote.com/
Boa votação e bem hajam!!!
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