Alterando um pouco o formato desta minha rubrica, aqui ficam algumas sugestões para ver no escuro conforto de uma sala de cinema próxima de si.
Começo com uma sugestão na língua de Camões para tentar não correr o risco de que quem ler este meu texto não o faça até ao fim e porque acho que devemos dar preponderância ao que é nosso, especialmente quando é bom. Tal é o caso do filme da dupla Tiago Guedes / Frederico Serra, Entre os dedos. Esta película retrata a história de um punhado de pessoas tão comuns como qualquer um de nós e a sua luta e drama diários contra a vida e todas as suas adversidades. Enquanto algumas pessoas se resignam e desistem de lutar, outras dão a cara à luta e usam das armas de que dispõem. Paulo (Filipe Duarte) é uma dessas pessoas, perdeu o seu emprego na construção civil após a obra em que trabalhava ter sofrido uma derrocada e ter denunciado a situação, sendo a sua vida que agora está em plena derrocada a cada dia que passa...Um drama assinado pelo jornalista e romancista Rodrigo Guedes de Carvalho e protagonizado por, entre outros, Filipe Duarte, Isabel Abreu, Gonçalo Waddington, Lavínia Moreira e Nuria Mencía.
A não deixar escapar por "entre os dedos".
Apesar de ser suspeito por admirar bastante o actor John Cusack, War,inc (Guerra, S.A.), é outra das minhas sugestões. Trata-se de uma sátira política que vem de uma forma humorística e descontraída colocar o dedo em feridas por sarar e verdades que incomodam - vai-se lá saber onde terão os guionistas ido encontrar a sua inspiração.
O protagonista é Brand Hauser (John Cusack), um assassino contratado para matar um ministro do Médio-Oriente devido a problemáticas inerentes, uma vez mais, ao ouro negro. Com as participações femininas de Hillary Duff e da deslumbrante Marisa Tomei e ainda com a presença de outro actor de que gosto particularmente, Sir Ben Kingsley, Guerra, S.A., é um filme a não perder mas a ver com um olhar atento e mente a trabalhar, pois a brincar dizem-se muita verdades sobre este nosso mundo.
A temática das novas tecnologias e seu impacto nas nossas vidas está na base das minhas próximas duas sugestões:
Eagle Eye (Olhos de Lince) confirma o actor Shia LaBeouf como um actor a ter em conta no futuro (tal como havia afirmado no meu post sobre o filme Transformers) e demonstra o paulatino crescimento de Michelle Monaghan. Estes dois actores encarnam duas personagens que não se conheciam e que se vêem envolvidos num autêntico jogo em que são totalmente controlados. Contactados e ameaçados por um telefonema de uma mulher que ambos desconhecem, Jerry e Rachel encontram-se envolvidos em situações de enorme risco enquanto são controlados pela misteriosa personagem que segue e antecipa todos os seus movimentos monitorizando e controlando todas as ferramentas tecnológicas que de forma mais ou menos inocente vão utilizando para tentar escapar a esta ameaça invisível.
Este filme levanta questões relacionadas com a nossa privacidade e liberdade, se é que de tal ainda gozamos, e com a intrusão de toda a tecnologia que nos rodeia nas nossas vidas e a forma como somos por ela controlados.
Untraceable (Indetectável) é um thriller inteligente e audaz que explora a temática da criminalidade cibernética mas dando um passo um pouco mais além, revelando-nos uma realidade perturbadora mas que poderá não estar, infelizmente, assim tão distante de nós quanto poderemos pensar.
Um jogo do gato e do rato entre a agente do FBI Jennifer Marsh (Diane Lane), e a sua equipa, e um assassino em série que emite via Internet através de um sítio indetectável videos das suas vítimas, cujo processo de assassínio é acelerado com o aumento de visitantes da sua página pessoal - killwithme.com. A trama adensa-se e torna-se pessoal para Jennifer quando é a sua própria vida que fica em jogo.
E para dar alguma música a um qualquer serão, mais duas sugestões: Mamma Mia e High School Musical 3.
Longe de ser o meu género de filme preferido, estes dois musicais merecem o meu destaque por razões diferentes. Enquanto a minha ida ao cinema para ver Mamma Mia se deveu ao facto de a banda sueca Abba ter sido contemporânea da juventude da minha mãe e por tal ter acedido ao seu convite para ver este filme, devo assumir que me surpreendeu pela positiva. É inquestionável a invejável qualidade do elenco desta película, com nomes como Meryl Streep, Pierce Brosnan, Coilin Firth, Stellan Skarsgȧrd e a agradabilíssima surpresa, Amanda Seyfried. Contudo, tenho de realçar um fantástico trabalho de produção envolvido neste filme, desde os esplendorosos cenários à brilhante adaptação das músicas ao guião, sem poder esquecer a revelação que foi, para mim, o talento vocal demonstrado por elenco não habitualmente visto por estas andanças. Ficou-me na retina e por tal chamo a atenção para a cena passada na o telhado da "casa das cabras" que me impressionou pela positiva, essencialmente pela forma e vivacidade apresentadas pela menina de quase 60 anos de idade, Meryl Streep, sem dúvida a energia e luz deste filme.
A trilogia High School Musical merece indubitavelmente culminar no grande ecrã. O reconhecimento do enorme empenho e do muito trabalho e dedicação de toda a equipa que levou até uma geração mais nova daquela de Fame um filme musical inspirador e uma mostra de como muita coisa poderia e deveria ser na juventude desta nossa sociedade. O sub-título deste terceiro capítulo é Senior Year ( O último ano) e marca o fim de um capítulo nas vidas dos jovens protagonistas. Devo confessar que pouco vi dos dois anteriores filmes mas após ter ouvido as palavras de alguns dos elementos que compõem a equipa de produção achei que merecia algumas palavras de apreço e incentivo, visto pretender incutir princípios positivos numa geração adolescente que de tal tem um enorme défice. Os protagonistas pretendem transmitir a ideia de que vale a pena ter sonhos e lutar, de forma sincera e honesta, por eles, acreditar que tudo é possível desde que se tenha vontade e acreditemos em nós mesmos, e passando essa mesma mensagem para o campo do amor, pois o primeiro beijo entre os protagonistas Troy e Gabriella surge apenas neste terceiro filme após dois outros de paixão e romance.
Convidem os vossos amigos, pais ou caras-metades e vão ver este filme, esqueçam aquele filme de tiros e explosões ou aquele romance igual a todos os outros e aprendam algo sobre amizade pura, amor genuíno e alegria de viver com High School Musical 3: O Último Ano - p.s.: façam como eu e vejam os primeiros dois capítulos antes, para quem franze o nariz ao género (como eu), demoramos a entrar no estilo mas depois até é agradável.
Bons filmes e bem hajam!!!
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