quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Um presidente "diferente"
Barack Obama é o 44º Presidente dos Estados Unidos da América.
A eleição do "magricela" é uma vitória sobre diversos preconceitos e ideologias profundamente enraizados na sociedade estado-unidense, personificando o triunfo de lutas centenárias que muitos acreditavam não poderem ainda ser resolvidas, simbolizando para muitos a esperança e crença numa sociedade melhor e mais justa. Mas, como referiu Obama no seu discurso de reconhecimento dos resultados, "A América é um sítio onde tudo é possível" e este é o momento da tão apregoada mudança defendida por este candidato nos seus discursos de campanha, os Estados Unidos precisam dessa mudança, e o mundo também.
Contudo, não devemos esperar milagres e exigir impossíveis que roçam o utópico, nem ser completamente pessimistas e destrutivos, devemos, sim, não esquecer que Barack Obama é o Presidente dos Estados Unidos e que vai governar esse mesmo país e para os seus cidadãos e eleitores, não nos iludamos.
Devemos agora esperar por Janeiro (apenas em 2009 tomará posse) e começar a estar a atentos aos sinais que possam ir surgindo de para onde se dirigirá, de facto, a política dos EUA, nomeadamente a nível externo. O mundo precisa de se unir cada vez mais e não de parecer uma regata em que cada barco rema para seu lado, e numa altura tão delicada como esta, é importante e com bons olhos que vejo um presidente ser eleito e congratulado pela comunidade internacional de forma tão generalizada e, aparentemente, tão sincera e por países que não o haviam feito na ocasião anterior.
O importante para o mundo que existe fora das fronteiras dos EUA não é a cor partidária do presidente, o seu aspecto físico ou a sua raça, mas sim o seu carisma, valores e políticas nomeadamente económicas, bélicas, ambientais e a sua atenção e defesa dos direitos e liberdades de todo e qualquer ser humano.
Quero, para terminar, deixar uma palavra de reconhecimento à humildade e grandeza demonstradas por McCain no seu discurso, reconhecendo não apenas a sua derrota mas acima de tudo a vitória do seu adversário e o seu pedido emotivo de união de todos e o apoio dos "seus" ao novo presidente, Barack Obama.
Despeço-me com uma frase que ouvi da boca de um cidadão estado-unidense após conhecer os resultados das eleições:
"Let us forget about Blue States or Red States and concentrate on the United States".
Bem hajam!!!
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