sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Gira a Fita em...Elizabeth, The Golden Age

Candidato aos galardões correspondentes a Melhor Actriz e a Guarda-Roupa, e talvez merecendo mais uma ou outra nomeação em áreas como Pós-Produção ou Som, Elizabeth, The Golden Age ("Elizabeth, A Era do Ouro") é um filme histórico que retrata uma fase em particular, talvez a mais conturbada, do longo reinado de Isabel I de Inglaterra, tortuoso para esta governante mas que levou a Inglaterra a uma posição imperial e de inquestionável hegemonia.
Cate Blanchett empresta o seu inquetionável talento a esta personagem, concedendo-lhe a força e carisma necessário para apaixonar o espectador. Enquanto Clive Owen se apresenta sem falhas e igual a si-mesmo, o meu destaque no campo das interpretações (colocando Blanchett num outro patamar) vai para Samantha Morton que creio desde há muito merecer um maior destaque no mundo do cinema, e para a jovem Abbie Cornish, até agora não muito presente no grande ecrã mas que parece ter obtido aqui o impulso de que necessitava (e perdoem-me se não concordarem, mas acho-a tremendamente parecida com a Nicole Kidman e isso é já uma boa parte do caminho percorrido para o sucesso entre os fãs da 7ª Arte!!). Não podia deixar de referir a presença de Geoffrey Rush, trazendo um toque de enorme experiência e qualidade incontestável a este elenco.
Em Elizabeth, The Golden Age, o espectador é inserido na deslumbrante corte de Isabel I em finais do século XVI, numa altura em que a directa herdeira ao trono Mary Stuart, apesar de presa leva a cabo planos para o assassínio da rainha, a Inglaterra sofre de cisões internas motivadas, essencialmente, por questões religiosas e são cada vez mais e em maior número os inimigos. Neste ambiente, é impossível ao espectador não ficar deslumbrado com as roupagens utilizadas pelos personagens e apaixonado pelas fabulosas indumentárias de Isabel. Apesar deste contexto no interior do qual gira a acção, o enredo em si centra-se na teia amorosa da Rainha Virgem, a questão de não ter ainda contraído matrimónio e a sua relação com o aventureiro Sir Walter Raleigh.
O filme termina com bastante intensidade, com a derrota da Armada espanhola e com os encontros de Isabel com a sua antiga dama de companhia, Elizabeth, e Sir Raleigh, e o encontro no leito da morte com o seu fiel conselheiro, Sir Walsingham, o qual profetiza tempos conturbados e agitados para a Inglaterra, tal como a história viria a provar. Pelo meio, somos presenteados com momentos hilariantes, emocionantes e episódios marcantes da história.
Elizabeth, The Golden Age é um filme da época da corte inglesa como há já muito não se via, com excelente qualidade de elenco e equipa de produção.


Bem hajam!!!

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